FERNANDO BRITO · no Tijolaço
A proposta de reajuste dos vencimentos dos militares, mais que compensadora das perdas que teriam com as novas regras previdenciárias propostas, erodiu o único argumento em que se sustentava, politicamente, a reforma da Previdência: a necessidade de cortar, além de qualquer senso de justiça, para evitar a quebra do mecanismo de proteção que ela representa.
A “turma da bufunfa”, que não tem estas “frescuras” de senso de justiça, sentiu o cheiro do brejo adiante da vaca da reforma.
Os 100 mil pontos do Índice Bovespa, tão comemorados na quarta-feira cai, neste momento, a menos de 95 mil, enquanto o dólar roça os R$ 3,90.
É possível – e até provável – que isso se atenue até o final do dia, porque sexta-feira não é dia de notícias fortes. E a que pode acontecer – a concessão de habeas corpus a Michel Temer – é de sinal político duvidoso.
Mas é inegável que acabou o clima de “agora a coisa vai” da reforma, vigente desde a posse de Bolsonaro.
E crescem os sinais de que, lentamente, as tetas gordas da reforma caminham para o brejo.
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