POR FERNANDO BRITO · no Blog Tijolaço
Os jornais saúdam o lucro de R$ 23 bilhões da Petrobras, depois de quatro anos de prejuízo.
Alguns bobalhões chegam a dizer que ela volta a “dar orgulho aos brasileiros”.
Eles próprios confessam que isso se deve a uma desempenho “baseado em quatro pilares (nova política de preços, desinvestimentos, redução de custos e [de] investimentos em bens de capital).
Traduzindo: combustíveis mais caros, venda de ativos (jazidas de petróleo), demissão de 300 mil empregados diretos ou terceirizados e menos investimentos em perfuração de poços, navios-sonda e navios-plataforma.
Assim, até eu.
Mas nada disso foi a chave, olhe o gráfico aí em cima.
O prejuízo da Petrobras pouco tem a ver com os mal-feitos de alguns ratos que a infestavam. O preço do óleo, que vinha entre 100 e 110 dólares, cai para 55 no primeiro mês do governo Dilma 2. E perto do impeachment já estava em 33 dólares.
O “x” da questão so lucro apresentado agora foi a alta do preço do petróleo, aliás integralmente repassada para os preços internos. Tanto é assim que a empresa lucrou tudo o que está apresentando nos três primeiros trimestres de 2018 ( R$ 7 bi no 1°T, R$ 10bi no 2°T e R$ 6,6 bi no 3°T), porque em outubro o preço despencou de novo e o lucro foi ladeira abaixo.
Mas como o Brasil tem uma imprensa econômica que só lê press release e acha que eficiência nada tem a ver com o preço que se cobra, fica a festa hipócrita.
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