Daniela Lima – Painel – Folha de S.Paulo
Integrantes do Supremo e do Tribunal de Contas da União defendem internamente que a decisão da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba de suspender a criação de uma fundação com dinheiro da Petrobras não põe fim aos diversos questionamentos já apresentados às cortes sobre o caso. Alguns instrumentos, como o escolhido pela procuradora-geral, Raquel Dodge, têm efeito vinculante, ou seja: se a reclamação for acatada, iniciativas semelhantes estarão vetadas em todo o país.
O tom do duríssimo questionamento apresentado por Dodge ao STF surpreendeu integrantes de outras cortes e da própria Lava Jato –a força-tarefa não foi por ela avisada da iniciativa. Dentro do Ministério Público, houve especulações sobre o que a inspirou a escrever texto tão incisivo.
Para integrantes do TCU, a peça montada pela PGR é tão rigorosa que pode ser usada para incrementar questionamentos em conselhos disciplinares à conduta dos procuradores que assinaram o acordo e da juíza que o homologou.
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