Talvez fosse o caso de dizer "Bem feito! Quem mandou apoiar Bolsonaro?!". Agora o agronegócio, setor que financiou a eleição de Jair Bolsonaro, tem um abacaxi para descascar. O "aliado" Trump já chegou a tuitar: "Se concluirmos o acordo com a China, nossos grandes Fazendeiros Americanos serão tratados melhor do que jamais foram tratados antes!".
Depois de bater continência para as maluquices de Trump na Venezuela (exceto invadir), o Brasil recebe de troco a perda do mercado chinês para os Estados Unidos. A China decidiu comprar de fazendeiros americanos a soja (10 milhões de toneladas!) e as carnes que antes saíam das fazendas brasileiras – o prejuízo será bilionário e dessa vez Bolsonaro não deve estar batendo continência.
A verdade é que o Brasil está sem política comercial externa. O comissário de Agricultura da União Europeia (UE) chegou a falar que "houve retrocesso por parte de países do Mercosul em relação ao acertado em 2017" para o acordo entre os dois blocos. E que foi por "razões políticas" — ou, como teria dito a chanceler alemã Angela Merkel, "Jair Bolsonaro torna mais difícil alcançar acordo".
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