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sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

Cabeça a prêmio no Turismo


Helena Chagas no Divergentes

Tudo o que o governo menos precisa neste momento é de mais uma demissão turbulenta no primeiro escalão, mas subiu muitos graus nas últimas horas a preocupação de interlocutores militares de Jair Bolsonaro com a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. Novas revelações sobre o braço mineiro do laranjal do PSL, que transferia recursos eleitorais para candidatas sem chance, que repassavam dinheiro para empresas e gráficas sob suspeita de ligações com caciques do partido, deixaram Álvaro Antônio na marca do pênalti –  sobretudo depois da demissão de Gustavo Bebianno.
Já ficou claro que o laranjal não foi a principal razão da saída de Bebianno, que, ao que parece, tem menos proximidade com as laranjas e suas operações do que o ministro do Turismo. Mas foi um importante pretexto usado pelo Planalto, que agora fic em situação cada vez mais desconfortável diante do avanço da investigação.
A principal personagem do caso mineiro, a ex-candidata Cleuzenir Barbosa, entregou um assessor direto de Álvaro Antônio em seu depoimento ao Ministério Público. Cleuzenir já deu entrevistas à Folha e à TV Globo falando do esquema, e tudo indica que as investigações sobre o partido do presidente vão avançar.

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