Bolsonaro parte domingo para Davos, na Suíça, para permanecer quatro dias nos Alpes.
Tirando a fuga do verão brasileiro, ao que parece, o principal benefício do ex-capitão será o de escapar, por uns dias, do calor político que vê se acender à sua volta, com o excesso de escândalos e a falta de projetos.
Nunca antes na história do fórum da globalização a frequência foi tão apequenada. Emanuel Macron e Ângela Merkel, vizinhos, não vão. Donald Trump não apenas deixará de ir como acaba de cancelar até mesmo a presença de uma delegação dos EUA.
Davos será, portanto, um convescote sem qualquer importância. Nem mesmo para tirar a tão sonhada foto com Trump.
O que talvez o livre do mico de – ao contrário de Lula, saudado por Barack Obama com um “this is the guy” – ser recebido pelo “laranjão” com um “who is this guy?”
O esvaziamento de Davos, aliás, é um boa razão para terem concedido a Jair Bolsonaro o discurso de abertura, com duração estimada entre 30 e 45 minutos.
Como não se sabe se ele já está à vontade com o teleprompter que, segundo Ancelmo Góes, de O Globo, está usando desde terça-feira, é de duvidar que, não sendo o ex-capitão tão cheio de mãos como a deusa Shiva, haverá mão para garatujar o que vai falar.
Ah, sim. Como prêmio de consolação por ter deixado descer abaixo por sua goela o decreto das armas, Sérgio Moro também ganhou o direito de ver a neve em Davos.
Vai ser o “novo Brasil falando para o mundo”.
E, claro, o mundo nem aí, nem ali…
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