Vice-presidente insistiu para Antônio Rossell Mourão aceitar a ascensão no BB, mesmo após a repercussão negativa: "Isso lhe pertence"
Estadão (Piauí)
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que seu filho, Antônio Hamilton Rossell Mourão, pensou em desistir da promoção para assessor da presidência do Banco do Brasil por causa da repercussão negativa da notícia, mas que ele o convenceu a aceitar o cargo. “Obviamente que ele não está acostumado com isso, ficou chateado, pensou em não aceitar, em renunciar, por causa da repercussão. Eu disse pra ele: ‘Não, meu filho, isso aí é mérito seu e acabou, pô’”, contou o vice-presidente à piauí.
Questionado se a possibilidade de o filho renunciar ao cargo está descartada, o general respondeu: “Lógico que sim. Falei pra ele que não, negativo. ‘Isso é uma coisa que é sua, lhe pertence, e acabou.’ Não tem nada demais isso aí”.
Ao tomar posse, na última segunda-feira, 7 de janeiro, o novo presidente do BB, Rubem Novaes, promoveu Mourão filho a assessor especial da presidência, com salário três vezes maior, de 36 mil reais.
E o ditado da mulher de César – aquela que não basta ser honesta, precisa também parecer honesta –, não deveria ter sido aplicado neste caso? Mourão discorda. “Eu não tenho nada a ver com isso. Em primeiro lugar, o Banco do Brasil é uma sociedade anônima. Segundo lugar, não fui eu quem nomeei. Nepotismo seria se eu tivesse nomeado. Vamos olhar bem o que significa o termo nepotismo. Eu não tenho influência nisso aí, pô.
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