POR FERNANDO BRITO · no Tijolaço
Flávio Bolsonaro assumiu, por desespero, uma estratégia de altíssimo risco diante das suspeitas que pesam sobre os esquemas de dinheiro e de promiscuidade com a milícia que pesam contra ele e seu gabinete de deputado.
Hoje, no SBT -há um revezamento diário entre esta emissora e a Record em entrevistas dóceis com o clã Bolsonaro, uma espécie de “horário do Mito e do Mito Jr.” – exibiu fotos do Procurador Geral do Ministério Público do Rio de Janeiro, Eduardo Gussen, conversando com o jornalista Otávio Guedes, do grupo Globo, reproduzida acima.
Segundo ele, uma afronta ao sigilo decretado por Luiz Fux sobre seu caso.
O sigilo, sabe-se, vai durar mais uma semana, até que reabra o STF e o Ministro Marco Aurelio, como já adiantou, “mande para o lixo” o pedido de suspensão das investigações feito pelo “Filho 01” de Jair Bolsonaro.
E não impediu que brotassem informações sobre os fatos – fatos, não suspeitas – das ligações entre ele e a milícia: discursos na tribuna, homenagens a PMs acusados e até presos, sinecuras dadas a seus familiares e negócios imobiliários de papel passado em cartórios públicos.
Na primeira semana de fevereiro é que virão, se existirem, as situações que Flávio Bolsonaro parece temer que sejam expostas.
Não será mais possível deixar de tomar depoimentos ou impedir que venham à tona o que disser a “arraia miúda” de seu entorno, envolvida no transetê de dinheiro para a conta de Fabrício Queiroz. Inclusive os dele próprio, mulher e filhas.
Será pior ainda se todos estiverem convencidos, como agora parece, que a milícia bolsominion está seguindo e espionando repórteres e promotores.
Poderia até funcionar com um, mas não com um grupo, como o que está se dedicando ao caso das movimentações financeiras da Assembléia, e que viu cair-lhe às mãos o bilhete premiado Fabricio Queiroz.
Processo de intimidação sobre a imprensa e sobra promotores é que nem o velho “dá ou desce”.
O resultado é quase sempre o “desce”.
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