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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Prefeito Lula Cabral é preso na Operação Abismo da Polícia Federal


                                Foto: Alepe/Divulgação


O prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (PSB), foi preso prevetivamente na manhã desta sexta-feira (19) na deflagração da Operação Abismo da Polícia Federal que investiga um esquema de fraudes no instituto de previdência do município da Região Metropolitana do Recife (RMR), o CaboPrev. A assessoria da Prefeitura ainda chegou a divulgar uma nota em que negava a prisão do socialista e que afirmava que Lula Cabral teria sido alvo de um mandado de busca e apreensão em sua residência.

Segundo as investigações, que correm em segredo de justiça, o prefeito da cidade teria supostamente ordenado a transferência de mais de R$ 90 milhões do instituto – que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento que colocavam em em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.


Além do prefeito, são alvos da operação empresários, lobistas, advogados, religiosos e outras pessoas que de uma forma tem participação com o esquema criminoso. Ao todo, 220 policiais federais estão cumprindo 64 ordens judiciais sendo 42(quarenta e dois) mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 12 mandados de prisão temporária, nos Estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.

Em Pernambuco, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e quatro de prisão preventiva nos municípios do Cabo de Santo Agostinho, Sagueiro e Vitória.

Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são lavagem de dinheiro, associação criminosa, crimes financeiros, corrupção ativa e passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão. Os presos serão levados até a sede da PF onde serão interrogados e logo em seguida irão ser encaminhados para os respectivos sistemas prisionais. Os presos de outros estados ficarão reclusos em sistemas prisionais de seus estados onde ficarão à disposição do TRF-5.

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