Josias de Souza
O prefeito tucano de Manaus, Arthur Virgílio, declarou em ato político na noite desta terça-feira (18) que Geraldo Alckmin não é o seu candidato. Três dias antes, em campanha na cidade de Rio Branco (AC), o presidenciável do PSDB havia tocado o telefone para Virgílio. Desejava incluir a capital amazonense na agenda da campanha. Foi desestimulado: “Não venha”.
Um emissário de Alckmin voou até Manaus para se reunir com Virgílio. Chama-se João Almeida. Ex-deputado federal pela Bahia, ele é diretor de gestão corporativa do PSDB. Pediu ajuda para elevar os índices de intenção de voto de Alckmin no Amazonas de hipotéticos 2% para pelo menos 6%. Virgílio recusou-se a ajudar.
O prefeito lembrou ao enviado do PSDB federal que tentou, em fevereiro, disputar prévias com Alckmin pela vaga de candidato do partido ao Planalto. “O Geraldo fez tudo para me isolar, fugir do debate e evitar a disputa”, acusou. “Eu disse a ele que não chegaria ao segundo turno, que não sairia do patamar de um dígito nas pesquisas.”
O prefeito tucano considera-se desobrigado de participar da campanha de Alckmin. Afora as rusgas recentes, Virgílio trouxe à tona uma velha contenda. Afirma que, no exercício do governo de São Paulo, Alckmin ajuizou no Supremo duas ações diretas de inconstitucionalidade prejudiciais aos interesses do pólo industrial de Manaus. “Ele não é a favor do meu Estado. Apoiá-lo seria como trair a minha terra.”
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