Comida foi usada para ataque em 2014 e aparece em programas este ano
Gustavo Fioratti – Folha de S.Paulo
Arroz, feijão, bife, carne de panela, alface, tomate, pepino, café, queijo, pãozinho e bolo. Essa é a cesta básica que os candidatos à Presidência da República, aos governos estaduais e ao Senado conseguiram reunir no horário eleitoral televisivo até agora, somados já quinze dias de campanha.
Protagonista do ataque mais simbólico da campanha presidencial de 2014, a comida virou item obrigatório em propagandas de muitos candidatos. Há quatro anos, um vídeo da campanha de Dilma Rousseffmostrou alimentos sumindo da mesa de brasileiros como consequência da autonomia do Banco Central, proposta defendida na época por Marina Silva.
Em 2018, por enquanto, a comida não foi usada em ataques. Apareceu em propostas e mais vezes para tentar humanizar os candidatos.
Quem não toma um cafezinho? Ele apareceu na campanha de Eduardo Suplicy (PT) para eleger-se senador por São Paulo, na de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à Presidência, e na de Márcio França (PSB), que concorre para o governo de São Paulo.
Romero Jucá (MDB) também mostrou vídeos simulando a apresentação de um programa televisivo, o Café com Jucá, no qual ouve líderes comunitários de Roraima, estado pelo qual quer se reeleger senador.
A imagem do arroz com feijão vem para reforçar a ideia de promessas de direitos básicos em duas campanhas, a de Fernando Haddad (PT) à Presidência e a de Paulo Skaf (MDB) ao governo.
No caso da propaganda de Haddad, o prato feito aparece em uma sequência de imagens, incluindo a de pãezinhos saindo da fornada, e é associada à criação de postos de trabalho. “Emprego quer dizer comida na mesa do trabalhador”, é dito enquanto passam as cenas.
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