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segunda-feira, 12 de março de 2018

O interventor que é prisioneiro da demagogia


POR FERNANDO BRITO no Tijolaço


Estamos em vias de completar um mês da intervenção federal na segurança do Rio de Janeiro, decretada no dia 16 de fevereiro.

De resultados práticos, claro, não é preciso falar: o noticiário policial tão farto e chocante quanto era antes encarrega-se de mostrar que não existem.

Na revista Piauí, o repórter Fábio Victor conta, sem meias-palavras, que o general interventor era contrário à intervenção e pediu para não ocupar o cargo.

Hoje, entrevistado por e-mail pela Folha, Braga Netto diz apenas que o “objetivo da intervenção é recuperar a chamada ‘capacidade operativa das polícias’ por meio de investimentos em frota, armamentos e mão de obra. E fortalecer as corregedorias que tratam dos desvios policiais.

O interventor, ao que parece, segue prisioneiro de uma intervenção sem objetivos, sem planos, sem meios.

Tudo indica, portanto, que a situação continuará a ser tocada assim, com ações pontuais e esporádicas, reduzindo riscos e impactos de ações mais ousadas, embora os perigos, quando se trata de tropas com armas embaladas, estejam sempre presentes.

O Exército, sobretudo, pagará a conta do uso demagógico que dele fez Michel Temer.

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