A Operação Lava Jato é responsável direta pela falência do Estado do Rio de Janeiro. Foi a famigerada Operação que destruiu a indústria naval, a indústria de peças e equipamentos para o setor de óleo e gás, a engenharia e toda a cadeia produtiva relacionada, acabando com centenas de milhares de postos de trabalho ou, o que é pior, remanejando esses postos de trabalho para a mão de obra estrangeira.
Em questão de meses, as grandes empresas nacionais tiveram suas obras paralisadas, levando centenas de milhares de trabalhadoras e trabalhadores ao desemprego. Diante disso, pergunto: quem ganha com a quebra da indústria nacional?
Pra se ter uma ideia, o impacto destrutivo da Operação Lava Jato no setor brasileiro de construção civil é de nada menos que 1 milhão de demissões no setor. E tem mais: as empresas chinesas conseguiram comprar ativos antes controlados pelas empreiteiras brasileiras, que também perderam espaço na África, onde tinham posição dominante. A China assumiu a primeira posição no ranking de investidores estrangeiros no Brasil pós-golpe. Foi assim no caso da chinesa State Grid, que comprou 23% da Camargo Corrêa na CPFL Energia. Também no caso da China Gezhauba, que ficou com um pedaço da Andrade Gutierrez na São Paulo San Lorenzo Water Supply Co., e no da HNA Infrastructure, que abocanhou a parte da Odebrecht no aeroporto do Galeão, no Rio.
A Operação Lava Jato ficou mais de três anos destruindo a imagem da Petrobrás através vazamentos seletivos e ilegais para a grande mídia, em especial, para a Rede Globo. Não satisfeitos, o consórcio golpista e entreguista ressuscitou o REPETRO, um programa especial de exportação e importação de bens destinados à exploração e à produção de petróleo e gás natural criado nos anos 90, nos governos FHC. Nesse modelo de importação e exportação, as importações de máquinas e equipamentos não pagam imposto, o que significa o fim da indústria nacional e da política de conteúdo local.
Não há Estado com uma economia dependente do Petróleo e de sua cadeia produtiva como é o caso do Rio de Janeiro que aguente o entreguismo do consórcio golpista e as ações arbitrárias, fascistas e de desmonte do Estado brasileiro como as da Operação Lava Jato.
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