A Polícia Federal encaminhou ao STF relatório sobre o chamado quadrilhão do PMDB, no qual acusa o presidente Temer de comandar um antigo esquema de corrupção que teria continuado com a ascensão do peemedebista ao poder.
Formulada dessa maneira, a acusação permitiria a Janot denunciar Temer por atos praticados no atual mandato. Este é um ponto importante da peça da PF.
Certamente, o relatório dá mais munição ao procurador-geral da República. Cria mais problemas para Temer e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria Geral. O presidente reagiu ontem por meio de nota e disse que não participou nem participa de nenhuma quadrilha.
Mas o relatório tem efeito político negativo, como tornar mais complicada a articulação política no Congresso. Por exemplo, dificulta que se torne real essa miragem de aprovação do relatório da reforma da Previdência na Câmara que é vendida pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
No entanto, no atual quadro político, o Congresso está dando mais peso às traquinagens de Joesley Batista e companhia, na qual a cada dia fica mais clara uma trama contra o presidente da República. Esse ponto enfraquece acusações que possam ser usadas para tentar tirar Temer da Presidência. Ou seja, o relatório atrapalha, mas não mata o atual grupo no poder. (Do blog de Kennedy Alencar)
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