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terça-feira, 8 de agosto de 2017

PMDB e Doria: namoro põe pressão em Alckmin


Folha de S. Paulo - Igor Gielow

troca de afagos entre Michel Temer e João Doria, ocorrida nesta segunda (7) em evento na capital paulista, expôs um processo de aproximação entre o PMDB do presidente e o prefeito tucano.
O movimento ganhou força com a rejeição do afastamento do peemedebista do Planalto pela Câmara.
É um jogo de conveniência mútua, que serve não só para alinhavar eventuais alianças, mas também como instrumento de pressão para a pretensão de Doria de ser candidato a presidente no ano que vem.
O prefeito quer manter opções abertas para reforçar sua posição no PSDB e, numa situação extrema, para o caso de haver um rompimento com seu padrinho político, o também presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
As negociações são discretíssimas e envolvem amigos em comum de ambos. Doria tem horror à ideia de ser visto como traidor do homem que viabilizou sua carreira política, mas, como diz um aliado, dorme e acorda pensando no Planalto.
CONTROLE TUCANO
Alckmin aproveitou-se da barafunda tucana decorrente da delação da JBS,simbolizada na derrocada do rival Aécio Neves (MG) e na indecisão sobre o apoio a Temer, e tomou controle do partido.
Conseguiu adiantar a decisão sobre candidatura presidencial para dezembro.
No plano do grupo de Alckmin, Doria seria candidato ao governo do Estado com Rodrigo Garcia (DEM) na vice, ajudando a puxar uma votação arrasadora no maior colégio eleitoral do país –supondo-a vencedora em primeiro turno, Doria acompanharia o tucano pelo país no segundo round.
O prefeito, segundo um dirigente do PSDB, não descarta o arranjo, mas enviou sinais ao DEM, sigla com nova força pela posição singular do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que substituiria um Temer afastado.
Maia não mordeu a isca, mas a tentativa serviu para aumentar-lhe o cacife: há duas semanas, a cúpula do partido foi recepcionada por Alckmin, retomando assim o papel de parceiro preferencial do PSDB. Até então, o paulista preferia o PSB

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