Para ministros do STF, acordo de delação firmado com a JBS vai arranhar imagem da Lava Jato
Folha de S. Paulo - Por Painel
Se
cristalizou no STF a percepção de que a profunda crise política não
será o único filhote da delação da JBS. Há forte constrangimento na
corte pelas polêmicas que vieram à tona após a homologação do acordo. A
aposta é que a imagem dos operadores da Lava Jato em Brasília ficará
arranhada.
Após
a revelação de que o relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, contou
com a ajuda de Ricardo Saud, hoje delator da JBS, para falar com alguns
senadores que votariam sua indicação, em 2015, ministros do Supremo
foram solidários.
A
notícia, publicada pelo colunista Jorge Bastos Moreno, de “O Globo”,
deixou Fachin envergonhado e abriu novo flanco de ataque à atuação do
ministro e da PGR.
Parlamentares
que confirmaram a atuação de Saud a favor de Fachin no Senado dizem
que, agora, o ministro terá que se valer da mesma explicação usada por
políticos pegos de calças curtas: “Eu não sabia”.
Procurado
para comentar a ligação com Saud, o gabinete de Edson Fachin disse que
ele não fala sobre casos que estão sob sua relatoria. Colegas
minimizaram o episódio. “Não há culpa pretérita”, resumiu um ministro.
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