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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Reforma da Previdência - Danilo Cabral acredita que governo será derrotado no Plenário


Depois da aprovação do relatório da Reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados, o deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) acredita que a vitória do governo será revertida no Plenário da Casa. “O governo ainda não tem os 308 votos necessários para aprovar o projeto. É preciso dar um ''calor' nos deputados favoráveis à proposta e nos indecisos. Só com a força da sociedade vamos derrotar a retirada dos direitos dos trabalhadores”, destacou o parlamentar, que acompanhou a votação da noite desta quinta-feira (3). O texto principal foi aprovado por 23 a 14 votos.

Concluída a análise dos destaques da matéria, o texto seguirá para o Plenário da Câmara. De acordo com Danilo Cabral, a expectativa é de que a votação ocorra em duas semanas. “Nesse período, o governo irá tentar convencer os deputados a aprovarem o texto, por isso, precisamos nos manter mobilizados”, afirmou. O deputado, desde que o projeto chegou à Casa no fim do ano passado, tem feito um enfrentamento contra a matéria. “Somos contra qualquer medida que fira as conquistas da classe trabalhadora”, frisou.

Danilo Cabral também ressaltou os votos dos deputados do PSB integrantes da comissão especial. Eles seguiram a orientação do partido, que fechou questão contra a Reforma da Previdência. “O governo tentou substituir os parlamentares, mas o PSB não permitiu e manteve sua posição”, comentou. Os deputados dos partidos da base governista contrários ao projeto que faziam parte do colegiado foram substituídos para que o Palácio do Planalto assegurasse os votos para a aprovação do texto. “O governo mais uma vez usou o rolo compressor, ‘tratorando’ o debate, que deveria ter sido feito de forma ampla com a sociedade”, disse. 

Para Danilo Cabral, com a Reforma da Previdência, o governo Temer errou na forma e no mérito do projeto. “Defendeu um déficit que não existe, podou o diálogo na Câmara e com a sociedade e jogou as contas nas costas dos trabalhadores”, criticou. Ele acrescentou que falta ao texto, por exemplo, a discussão sobre a cobrança de dívidas e de medidas mais rígidas para inibir os devedores. 

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