Os
reparos à condução da Operação Carne Fraca criaram o ambiente ideal
para políticos e críticos da Lava Jato no Judiciário incitarem uma onda
de censuras à atuação de órgãos de investigação. A dura fala do ministro Gilmar Mendes,
do Supremo, nesta terça (21), foi uma pequena amostra. Outros nomes de
peso no meio jurídico se somarão a ele. No Congresso, surge clima para
relativizar o trabalho da polícia e pôr em marcha propostas que impõem
limites ao Ministério Público e à PF.
Ex-presidente
do STF, Nelson Jobim adotou linha semelhante à de Mendes. Em conversas
com amigos, criticou o suposto vazamento de dados da Lava Jato de dentro
da Procuradoria-Geral da República.
Com
uma de suas empresas alvo de busca e apreensão pela PF nesta terça
(23), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), fez o possível
para transparecer tranquilidade em sua estreia no olho do furacão da
Lava Jato.
Um
senador do PMDB deu a entender a auxiliares que não vê mais o que pode
perder com a aprovação de medidas como a anistia ao caixa dois e o
projeto de abuso de autoridade. Segundo ele, todos os citados já estão
“politicamente acabados” e agora é hora de lutar para “se manter vivo”.
(Painel - Folha de S.Paulo)
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