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domingo, 19 de fevereiro de 2017

Lula constrói o discurso de candidato

Cristiana Lôbo - G1
Na preparação para a campanha presidencial do ano que vem, o ex-presidente Lula tem se reunido com economistas e políticos para construir o  discurso que vai adotar em suas andanças pelo país, que devem começar desde já. Ele tem dito que é preciso um discurso novo, o que ele tem chamado de "uma nova plataforma" para o país voltar a crescer e reduzir as desigualdades. Para ele, o discurso do "golpe" já se esgotou.
Nas reuniões internas, que agora são cada vez mais frequentes, Lula tem dito que é preciso defender "o legado do PT" e, segundo ele, esse discurso tem aderência porque  é visível que "muito deste legado está se desfazendo"; é preciso também estabelecer a comparação dos governos petistas com o governo atual, sobretudo em geração de emprego, mas é preciso mais. É essa a discussão que ele pretende ter com economistas simpatizantes ou filiados ao  partido. Um dos mais frequentes em reuniões é o ex-presidente do Ipea, Márcio Pochman.
Enquanto prepara o discurso para as ruas, Lula vai também construindo o discurso interno para o Congresso Nacional do PT, que será realizado em junho. Ele tem sido apontado como nome ideal para dirigir o partido e assim o PT retomar o espaço que já ocupou, mas tem resistido. A solução seria a de construir uma direção com vice-presidentes que cuidariam de cada tema importante para o partido, como a construção de candidaturas e alianças - ações que tomam muito tempo e que Lula transferiria para outro dirigente.
Além da candidatura à presidência, o PT quer preparar uma forte chapa de candidatos a deputado federal. Até porque, observam os petistas, é o tamanho da bancada federal que determina o tempo de televisão de cada partido e a divisão dos recursos do fundo partidário.

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