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domingo, 11 de dezembro de 2016

Para conter crise, Temer quer acerto com PSDB

Folha de S.Paulo – Valdo Cruz e Marina Dias
Acuado pelo recrudescimento da crise política que atingiu o Palácio do Planalto após a delação da Odebrecht, o presidente Michel Temer discute com aliados uma estratégia que tire seu governo das cordas. Segundo a Folha apurou, Temer pretende combinar uma saída política, com a nomeação de um tucano para a Secretaria de Governo, e uma econômica, com o anúncio, ainda este ano, de novas medidas para destravar o mercado de crédito e tentar tirar a economia da recessão.
A avaliação da equipe do presidente foi bastante pessimista diante da nova pesquisa Datafolha, que mostrou a popularidade de Temer despencar 20% desde julho, acompanhada da queda na confiança na economia a níveis pré-impeachment.
O levantamento revelou ainda que 53% da população quer a renúncia imediata do peemedebista para a realização de eleições diretas.
Diante do cenário reverso, Temer precisa costurar apoio e resolveu finalmente anunciar a nomeação de Antonio Imbassahy (PSDB-BA) para o posto de articulador político do Planalto. Após a reticência do presidente, que chegou a dizer que o tucano iria para o governo somente "no momento oportuno", Temer deve se reunir nesta segunda-feira (12) com Aécio Neves (MG) para bater o martelo.
Dessa forma, avaliam auxiliares, o peemedebista consegue amarrar de vez o partido aliado e fica menos dependente do chamado centrão, grupo de cerca de 200 deputados que reivindicava a Secretaria de Governo após a saída de Geddel Vieira Lima e chegou a ameaçar retaliação em votações importantes para Temer no Congresso.

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