A
delação da Odebrecht que aponta caixa 2 para as campanhas de 2010 e
2014 do governador Geraldo Alckmin (SP) tem impacto sobre a disputa
interna no PSDB pela candidatura presidencial do partido em 2018. Em
resumo, dá uma embolada na guerra tucana para concorrer ao Palácio do
Planalto.
Alckmin
tem sido visto como nome mais forte do que o senador Aécio Neves e o
ministro José Serra (Relações Exteriores) para obter essa indicação.
Aécio e Serra já foram citados em delações da Lava Jato.
Hoje,
reportagem da “Folha de S.Paulo” traz a informação de executivos da
Odebrecht delataram entrega de recursos para pessoas próximas ao
governador tucano nas campanhas eleitorais de 2010 e 2014.
Essa
informação é grave, porque Alckmin tem feito um discurso duro contra o
PT, muito centrado na corrupção. O tema foi bandeira importante do
prefeito eleito de São Paulo, João Doria Jr., que é um pupilo do
governador.
As
informações da Lava Jato sobre corrupção no PT e de caixa 2 para a
campanha da então presidente Dilma Rousseff engrossaram o caldo político
que levou ao impeachment. É óbvio que Alckmin tem todo o direito de se
defender. Mas como ele, Serra e Aécio citados em delações, soa hipócrita
o discurso moralista do PSDB. Não pode haver dois pesos e duas medidas
na Lava Jato.
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