Leandro Mazzini - Coluna Esplanada
Para
entender o imbróglio que causou a queda do ministro Geddel Lima é
preciso recordar um pouco da história política da Bahia – ou seja, por
que o Iphan no cerne da crise.
Em
1972, o então governador Antonio Carlos Magalhães desapropriou a mansão
de Clemente Mariani, seu adversário político e dono do Banco da Bahia,
ao saber, segundo contam testemunhas dos bastidores, que ele vendeu a
instituição para o Bradesco em vez de dar preferência para o banco dos
Calmon de Sá, amigos dos Magalhães.
ACM
ainda conseguiu a canetada do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional (Iphan) à época e tombou todo o conjunto no chamado
Morro do Clemente. O resto é que o que se sabe desde ontem.
Caso
suba (está na base), o prédio de Geddel é o único do bairro que vai
devassar a vista da chácara com mata atlântica intacta há mais de 40
anos. E os Mariani não querem especulação por ali.
O Morro do Clemente fica em área nobre, com 100 mil metros quadrados de vegetação nativa e em frente ao Yacht Club.
Em
tempo, o falecido patriarca, Clemente Mariani, foi mais longe
politicamente que Geddel. Foi ministro da Educação (Governo Dutra) e
ministro da Fazenda (Governo Jânio).
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