Paraná 247 - Os investigadores da operação Lava Jato
e a Procuradoria-Geral da República rejeitaram acordo de delação
premiada com o ex-diretor da Odebrecht Alexandrino Alencar, um dos
executivos da empreiteira mais próximos de Lula. A versão do executivo,
que nega que a reforma no sítio de Atibaia (SP) tenha sido uma
contrapartida ao ex-presidente por contratos da Odebrecht como o governo
federal, não parece ter agradado à cúpula da investigação.
A versão oficial do grupo da Lava Jato, segundo a Folha de S. Paulo, é
de que as informações de Alencar seriam incompletas e de que haveria
indícios de que ele protegeria alguns dos personagens de seu depoimento,
como o próprio Lula.
"Reservadamente, Alencar tem relatado que um dos fatores que
incomodaram os procuradores, por exemplo, foi insistir que Lula, de
fato, fez as palestras pagas pela Odebrecht. Para os investigadores,
parte delas não foi realizada e há indícios de casos de
superfaturamento.
Outro empecilho é que Alencar tem versão contrária à hipótese dos
investigadores sobre a empresa Exergia Brasil, do sobrinho da primeira
mulher de Lula Taiguara Rodrigues, que foi alvo de denúncia do
Ministério Público Federal nesta segunda (10). A Exergia foi
subcontratada pela Odebrecht para atuar em obras em Angola. Os
empreendimentos contaram com recursos do BNDES."
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