Do apoio do Planalto em disputas locais a
indicações para cargos em estatais e até para o comando do BNDES – o
maior financiador de empresas do País –, o presidente em exercício
Michel Temer está sendo pressionado por senadores em troca de apoio no
julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma
Rousseff. A votação final está prevista para acontecer até o fim de
agosto.
Por causa do assédio, Temer tem recebido
parlamentares no Palácio do Jaburu para almoços, jantares e reuniões,
marcados muitas vezes fora da agenda oficial. Nos encontros, escuta mais
do que fala. “O Temer está comprando a bancada. É uma compra explícita
de apoio”, disse o senador Roberto Requião (PMDB-PR), peemedebista
contrário à saída de Dilma.
Para interlocutores do governo no
Senado, o “movimento” nada mais é do que uma lista de demandas. O caso
mais pitoresco, segundo relatos de três senadores próximos a Temer, é o
de Hélio José (PMDB-DF). Ele pediu 34 cargos, entre os quais a
presidência de Itaipu, Correios, Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação (FNDE) e até o comando do BNDES.
Nenhum comentário:
Postar um comentário