Sílvio Costa:Vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara Federal
Nunca tive dúvidas de que por trás desta tentativa de impeachment
fraudulento da Presidente Dilma estava uma orquestração para estancar as
investigações da operação Lava Jato. Agora, com a divulgação dessa
conversa entre o ministro provisório do Planejamento, senador Romero
Jucá (PMDB), e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado (PMDB),
está comprovado que esse, realmente, foi o principal objetivo da maioria
dos parlamentares que votou a favor do impeachment.
Este governo provisório de Michel Temer (PMDB) tem se transformado,
diariamente, numa agressão ao povo brasileiro. Lembro que, no discurso
da posse provisória, o Michel Temer falou em moral política. Pergunto:
qual a moral política de um governo que é refém de Moreira Franco,
Eliseu Padilha, Henrique Eduardo Alves, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá e
Eduardo Cunha? Todos do PMDB.
É estarrecedor Michel Temer ter nomeado os advogados e o chefe de
gabinete de Eduardo Cunha para cargos no seu governo. E escolher como
líder do governo provisório o principal defensor de Eduardo Cunha (PMDB)
na Câmara Federal, o deputado André Moura (PSC).
Nomear o deputado Ronaldo Nogueira (PTB/RS) como ministro provisório
do Trabalho, para que o irmão do ministro Augusto Nardes, algoz da
Presidente Dilma no TCU, pudesse assumir um mandato de deputado federal –
na vaga de Ronaldo – será que é um pagamento de dívida pela
orquestração do golpe? Falo do deputado Cajar Nardes. Será que foi mais
um acordo cumprido pelo presidente Provisório Michel Temer em troca do
impeachment?
Ratifico que a Presidente Dilma não cometeu nenhum crime de
Responsabilidade Fiscal. Todas as ações contábeis realizadas pela
Presidente Dilma ocorreram também nos governos de Fernando Henrique
Cardoso (PSDB), Luis Inácio Lula da Silva (PT) e na maioria dos Estados e
municípios do Brasil.
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