Durou
pouco a temporada de euforia do novo governo diante dos desafios para
recuperar o crescimento econômico e reduzir o desemprego. Na sua
primeira entrevista depois de empossado, o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, sustentou a obrigação de ser dita a verdade diante das
dificuldades e empecilhos que levaram a economia nacional ao fundo do
poço.
A
consequência, que ele apenas sugeriu, será o aumento de encargos à
sociedade. A partir de segunda-feira começarão a ser definidas as
medidas de contenção de gastos públicos e de consequentes sacrifícios à
população.
A
opção pelo mercado não deixa dúvidas: para o país voltar a crescer e
assim criar empregos, só facilitando a atividade empresarial e ao mesmo
tempo penalizando a massa assalariada. A receita é milenar e bate de
frente com as políticas sociais.
Logo
virão os efeitos, para os quais o PT e penduricalhos já se preparam,
apesar das promessas do novo presidente Michel Temer. Não haverá como
deixar de atingir iniciativas assistencialistas, dos múltiplos planos e
programas implantados há treze anos.
Eis
o nó impossível de desatar, objetivo maior dos responsáveis pelo
afastamento de Dilma, que de seu turno nada percebeu e nada conseguiu
fazer para impedir o retorno ao neoliberalismo.
Vale
aguardar as primeiras medidas de arrocho social e as inevitáveis
reações da maioria. Nada de recuperação da popularidade de Madame, mas a
rejeição da volta ao favorecimento das elites será explosiva.
Mais
do que sonhos e fantasias, é o que nos espera. Logo a classe média
estará se aproximando das massas e, pelo lado oposto, tornando o país
ingovernável. A menos, é claro, que Henrique Meirelles tenha virado
Mandrake...
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