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terça-feira, 17 de maio de 2016

Humberto Costa diz que ministro da Saúde quer beneficiar planos de saúde

Será que o SUS tem desvios? Será que o SUS atende aos seus fins? Será que o SUS pode ser melhorado, saneado, a partir de busca de mais eficiência, ao contrário de simplesmente defender mais impostos com a argumentação de “subfinanciamento”?
Ex-líder do governo Dilma no Senado, o senador Humberto Costa (PT-PE) condenou duramente as declarações do novo ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), que defendeu o fim do SUS e a adesão da população brasileira a planos de saúde para “aliviar o custo do governo em sustentar essa questão”.
Humberto Copsta viu uma tentativa de “privatização da saúde”.
“Em entrevista, o ministro Ricardo Barros defendeu que “quanto mais gente puder ter planos, melhor. Quando o ministro da Saúde critica a Justiça, sem nenhum pudor, por garantir acesso de pessoas doentes a tratamentos caros por meio dos seus planos de saúde, fica muito claro quem o ministro quer beneficiar. Mas vamos resistir, não vamos aceitar mudanças que alterem aquilo que é uma conquista de todos os brasileiros”, disse o senador.
“O SUS é uma conquista dos brasileiros, que garante acesso universal de 150 milhões de pessoas a serviços essenciais. Acabar com a universalização é, na prática, destruir o sistema e atentar contra a vida dos que não têm como arcar com os altos custos dos planos de saúde. Estão ameaçando o que nós temos de mais precioso: a vida”, disse Humberto Costa.
O senador disse que o acesso à saúde é uma “cláusula pétrea” da Constituição e não pode ser alterada “ao gosto de quem quer que seja, muito menos por um governo sem legitimidade e sem voto”.
“O ministro da Saúde – um parlamentar licenciado que desconhece o fato de que a Constituição não foi sancionada, mas promulgada – disse hoje que a Carta Magna do país só tem direitos e não deveres. Não é de se admirar que faça parte desse governo golpista. Conseguimos em cinco dias de interinidade voltar para antes de 1988. Passamos a viver em um país autoritário, em que já não valem mais os direitos e as garantias individuais”, disse.

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