Não vou entrar nessa de perseguir a irmã de Mirian Dutra, porque foi nomeada por José Serra como assessora de seu gabinete.
O nomeado tem sempre alguém que o nomeou.
E o que falta dizer nessa história é que foi ele, o puro, o príncipe,
o limpíssimo Fernando Henrique Cardoso quem usou seu poder presidencial
para nomear a “cunhada”.
O que, até agora, a imprensa não publicou, embora esteja estampado no
Diário Oficial, na primeira página, quando ele a designa para dirigir o
Departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça,
sucedâneo do velho Departamento de Censura, é que foi ele quem a nomeou
quando seu principal atributo era ser a irmã se sua namorada.
E não publicou porque não quis, porque Margrit chegou até a escrever
artigo para a Folha com o irônico título de “Kids – Meu filho pode
assistir?”
Pois é este Tartufo que vem dizer que Lula não merece mais o seu respeito e que “é preciso esperar para ver” se ele é honesto.
Fernando Henrique Cardoso é pior aquilo que ele, depreciativamente, atira sobre outros.
A miséria da política, título de seu livro em que pretende fazer –
chega a doer ver um sociólogo descer a esta simplificação – as “crônicas
do lulopetismo” – bem lhe serviria como retrato.
FHC é um miserável da política, que a exerceu com a vaidade e a
conveniência atropelando toda a cultura e ética que se pavoneia de ter, e
que está agora sendo fritado no óleo fervente de sua própria
hipocrisia.
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