O juiz Sérgio Moro, diga-se o que se disser dele, é um obcecado por seus próprios planos.
Chegou onde queria e ardentemente trabalha, há dois anos, por chegar.
Usando, como há anos já enunciava, em seus artigos sobre a operação “Mãos Limpas”, “jornais e revistas simpatizantes”.
Já não precisa da afirmação hipócrita de que “Lula não é investigado”.
É e sempre foi.
Aliás, é seguido, monitorado e bisbilhotado desde sempre e muito mais depois que deixou o Governo.
Seus passos são controlados ao ponto de saberem que foi, nestes quatro-cinco anos, 111 vezes ao sítio, não 110 ou 112.
Os despacho de Moro, em pleno Carnaval, mandando investigar crime de
peculato em relação ao sítio de Atibaia, propriedade de particulares não
exercentes de cargos públicos, tem endereço certo:
Art. 312 – Apropriar-se o funcionário público de dinheiro,
valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a
posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena – reclusão, de dois a doze anos, e multa.
§ 1º – Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora
não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre
para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de
facilidade que lhe proporciona a qualidade de funcionário.
Está na cara, não?
Lula, presidente, não usava o sítio, mas “concorreu para” que nele se
fizessem reparos e ampliação, “em proveito próprio ou alheio”,
“valendo-se da facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário”.
Concorreu como? Não vem ao caso.
Serve qualquer coisa.
Porque qualquer coisa no Brasil está sob a jurisdição de Sérgio Moro, da Polícia Federal do Paraná e dos rapazes furiosos do MP.
Lula está pronto para ser levado ao Galeão, digo, a Curitiba.
Onde não vai poder responder aos canalhas sem um “data vênia”
A única esperança da democracia no Brasil é que se assustem com o poder monárquico de Sérgio Moro, o Collor togado.
Triste sina a de um país que, depois de um golpe a primeiro de abril, vê outro se desfechar na terça de Carnaval.
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