Sete escolas estaduais do Maranhão
batizadas em homenagem ao ex-presidente José Sarney tiveram os nomes
alterados por um decreto assinado pelo governador Flávio Dino (PC do B).
No total, o nome de 37 escolas que
homenageavam pessoas vivas foram trocados por nomes de professores,
políticos, religiosos e poetas que já morreram, como os ex-deputados
João Evangelista e Júlio Monteles.
A filha de Sarney, a ex-governadora
Roseana Sarney, e mulher dele, Marly Sarney, também perderam as
homenagens. O nome de Roseana batizava três escolas, e o de Marly, uma.
O decreto foi publicado no "Diário Oficial do Estado" no último dia 14 de janeiro.
Outro nome próximo ao clã Sarney, o do
senador Edison Lobão, que é ex-governador do Estado e ex-ministro de
Minas e Energia, foi retirado de quatro locais.
Há um ano, quando assumiu o governo do
Maranhão, Dino assinou um decreto que proibia que bens públicos do
Estado recebessem o nome de pessoas vivas ou responsabilizadas por
violações aos direitos humanos durante o regime militar.
No caso das pessoas vivas, a medida não
era retroativa, de modo que Sarney continuava a dar nome a pelo menos
160 escolas do Maranhão, além de bibliotecas e obras viárias em todo o
Estado.
Com o novo decreto, os nomes do
ex-vice-governador do Maranhão e atual senador João Alberto de Souza, do
ex-governador João Castelo, da ex-secretária de Educação Leda Tajra, do
ex-vice-presidente Marco Maciel e do ex-deputado federal Magno Bacelar
também foram apagados da fachada de centros de ensino. O poeta
maranhense e membro da Academia Brasileira de Letras Ferreira Gullar
também deixou de ser homenageado.
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