Por Emir Sader
A
Bolívia começa a campanha pelo referendo de 21 de fevereiro, quando se
decidirá se Evo Morales e Álvaro García Linera poderão se candidatar a
um novo mandato presidencial, a partir de 2020. Trata-se de uma reforma
da Constituição, já aprovada pela Assembleia Nacional, submetida agora a
um referendo popular.
Trata-se
de submeter ao povo o direito a seguir governando quem promoveu a mais
gigantesca transformação econômica, social, política e cultural que o
país viveu em toda a sua história. De país pertencente ao grupo dos mais
pobres do continente, junto com Honduras e Haiti, a Bolívia se
transformou no caso mais extraordinário de sucesso no continente, em
todos os planos.
Basta
recordar que a Bolívia tinha 63% de sua população sumida na pobreza,
dos quais 37% eram extremamente pobres. Cada boliviano devia quase US$
600, por uma dívida contraída por sucessivos governos com um montante
total de US$ 5,14 bilhões. O investimento público chegava a apenas US$
629 milhões. O PIB era de US$ 9 bilhões. Os recursos naturais do país
tinham sido entregues a grandes empresas transnacionais.
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