Em
operação realizada na madrugada deste sábado, a Polícia Militar (PM)
prendeu 14 pessoas na praia do Pilar, em Itamaracá, no Grande Recife. De
acordo com informações da PM, 11 deles fazem parte do grupo de 53
presos que fugiu da Penitenciária Professor Barreto Campelo, também na
ilha, na noite da última quarta-feira (20). Além dos 11, outros dois são
foragidos do Centro de Ressocialização do Agreste, em Canhotinho, e um
outro detento em liberdade condicional.
Horas
depois, em entrevista coletiva realizada na sede da Secretaria de
Justiça e Direitos Humanos, o secretário Pedro Eurico e a cúpula da
Secretaria de Defesa Social (SDS) informaram que outros dois detentos
foram recapturados no bairro de Rio Doce, em Olinda. Com isso, já são 13
os fugitivos sob custódia da polícia.
Na
abordagem realizada em Itamaracá, a polícia chegou ao local após
receber denúncias anônimas sobre uma movimentação estranha em uma
residência na Rua Egimar Porfírio de Menezes. A PM, com o apoio de
agentes da Secretaria de Ressocialização (Seres) , montou uma ação e por
volta das 0h20, os policiais invadiram a residência e efetivaram a
prisão.
Com
o grupo, a polícia encontrou três pistolas, três revólveres, munições,
sete aparelhos celulares, facas, facões, R$ 1.445 em dinheiro e até uma
pequena quantia em guaranis, moeda paraguaia. Após a prisão, os detentos
foram encaminhados para a Central de Plantões da Capital, na área
central do Recife. Em seguida, os presos deverão ser reconduzidos ao
sistema prisional. A Seres ainda não informou se eles serão encaminhados
à Penitenciária Barreto Campelo, ou se seguirão para outras unidades do
estado.
A
fuga em massa aconteceu na noite da última quarta-feira (20). Com a
ajuda de pessoas do lado externo do presídio, os detentos conseguiram
explodir parte de um dos muros da unidade, localizado próximo a uma das
guaritas. Pelo buraco, passaram 53 presos. Na mesma noite, a Polícia
Militar iniciou buscas pela ilha e em municípios vizinhos. Bloqueios
foram realizados na ponte que dá acesso a Itamaracá e poucos horas
depois, quatro suspeitos de ajudar na fuga foram detidos.
Nos dias que se seguiram à escapa, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, afirmou que a estrutura deficiente da unidade facilitou a fuga. Com a situação emergencial, o governador Paulo Câmara (PSB) determinou a dispensa de licitação para realização de obras para reforçar a estrutura da penitenciária. A intervenção deve durar em torno de seis meses e custar aproximadamente R$ 2 milhões.
Na
última sexta, o Sindicato dos Agentes Penitenciários afirmou que os
secretários de Ressocialização de Pernambuco, Edén Vespaziano, e de
Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, haviam sido aletados sobre a possibilidade de fuga de presos da Penitenciária Barreto Campelo quase um mês antes do ocorrido.
O presidente do sindicato da categoria, João Carvalho, explica que
enviou uma mensagem por WhatsApp no dia 25 de dezembro para Vespaziano,
mas não recebeu resposta.
Procurada pela reportagem do G1,
a Seres enviou nota afirmando que relatos com este tipo de denúncia
fazem parte da rotina do sistema prisional e "sempre são alvo de
apuração rigorosa e tomada de providências por parte dos gestores e da
equipe de inteligência da secretaria, o que ocorreu também neste caso
específico". O texto concluiu afirmando também que, ao saber da fuga, a
Seres reforçou o efetivo na Barreto Campelo.(Do blog de magno martins)
Nenhum comentário:
Postar um comentário