247 – A quantia de
US$ 100 milhões se tornou emblemática na Operação Lava Jato, quando se
soube que um gerente da Petrobras, chamado Pedro Barusco, estava
devolvendo este valor em seu acordo de delação premiada. Cunhou-se até
uma moeda: US$ 100 milhões passaram a ser convertidos em "um Barusco".
Agora, neste início de 2016, surgiu
novamente uma polêmica de US$ 100 milhões – só que desta vez envolvendo o
PSDB e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O caso apareceu na
delação premiada de Nestor Cerveró, ex-diretor internacional da
Petrobras, em que ele apontou uma propina deste valor numa operação
fechada no apagar das luzes do governo FHC: a compra do grupo argentino
Pérez Companc
Por meio das redes sociais, FHC protestou:
“Não tenho a menor ideia da
matéria. Na época o presidente da Petrobrás era Francisco Gros, pessoa
de reputação ilibada e sem qualquer ligação politico partidária.
Afirmações vagas como essa, que se referem genericamente a um período no
qual eu era presidente e a um ex-presidente da Petrobras já falecido,
sem especificar pessoas envolvidas, servem apenas para confundir e não
trazem elementos que permitam verificação”
Ocorre que a delação de Cerveró pode
ser apenas o ponto de partida para uma ampla investigação sobre uma
operação que foi duramente criticada à época. Quando a operação foi
fechada, engenheiros da Petrobras já falavam em sobrepreço de US$ 300
milhões
Não custa lembrar que Cerveró
cresceu sob as asas de Delcídio Amaral, que já foi filiado ao PSDB,
tendo sido nomeado diretor no governo FHC. Para
completar, o operador Fernando Baiano conheceu Cerveró pelas mãos de
Gregório Marin Preciado, parente de José Serra que já foi arrecadador de
recursos para o PSDB – no entanto, Baiano protegeu Preciado em sua
delação
Os próximos dias serão um teste para a isenção e o ímpeto investigativo da imprensa brasileira.
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