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sábado, 14 de março de 2015

Governo de Pernambuco cria a maior Unidade de Conservação estadual do NE

A partir de um decreto assinado pelo governador Paulo Câmara, neste sábado (14), durante a plenária do Todos por Pernambuco, o governo criou a maior Unidade de Conservação estadual do Nordeste. Com 110 mil hectares, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola compreende uma área nos municípios de Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista. 

As Unidades de Conservação (UCs) são espaços territoriais com características naturais, legalmente instituídos pelo Poder Público com o objetivo de conservar a biodiversidade, os recursos naturais, o clima, o patrimônio genético e as paisagens.

"Essa unidade conservará amostras significativas da caatinga pernambucana e espécies raras e endêmicas como o tatu-bola. Elas reforçam a nossa política de Meio Ambiente e Sustentabilidade. Queremos criar novas práticas, novas fomas de pensar o futuro do nosso Estado e o seu desenvolvimento dentro de um conceito sustentável, que olhe as regiões e suas peculiaridades. É uma área de preservação que fica como legado para as futuras gerações”, explicou Paulo Câmara, ressaltando que o espaço também será usado para estimular a pesquisa científica e promover a educação ambiental.

Com a criação do Refúgio Tatu-bola, Pernambuco passa a contar com 79 UCs.  Desse total, 40 são de proteção integral, onde o uso do ambiente natural é restrito a pesquisas e visitas educacionais e controladas. Outras 39 são de uso sustentável, onde são permitidas atividades socioeconômicas definidas pelo Plano de Manejo. 

Presente no seminário, José Alves Siqueira, professor da Univasf e diretor do Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas da Caatinga, comemorou a ação e elogiou a "coragem" do governador. "Hoje é o dia de um sonho realizado. Isso tem um significado muito positivo para essa sustentabilidade que tanto se fala e pouco se faz. A gente vê uma mudança do discurso para a prática. A partir daí, com o conhecimento científico gerado na universidade, a gente consegue promover a recuperação das áreas degradadas e a formação de recursos humanos da universidade”, explicou o educador.


Governo entrega novo sistema de abastecimento de água de Petrolina

Após realizar a abertura do segundo dia de atividades do Todos por Pernambuco, na Escola Técnica do Senai, em Petrolina, o governador Paulo Câmara entregou, neste sábado (14), o novo sistema de abastecimento de água do município, que ampliou em 60% a oferta para a cidade. Essa ampliação representa 35 milhões a mais de litros por dia, beneficiando cerca de 270 mil pessoas.

Batizado de Sistema Vitória, o equipamento recebeu R$ 57 milhões em recursos. Com 78 quilômetros de tubulação, o sistema é composto por uma moderna estação de tratamento de água, com capacidade de tratar 400 litros/segundo; três estações elevatórias; além de cinco novos reservatórios, que, juntos, têm capacidade de reservar 30.500 m3 de água.

"A obra está preparada para acompanhar o desenvolvimento dessa cidade nos próximos anos. É assim que queremos fazer, com muito planejamento, ação e pensando naqueles que mais precisam. E pensar em água é continuar pensando no nosso povo, principalmente, naqueles que têm menos acesso aos serviços públicos", assegurou Paulo Câmara, que plantou uma muda de Palmeira na área externa do sistema, ao lado de outra muda, plantada pelo ex-governador Eduardo Campos em julho de 2013.


Além da ampliação do sistema de abastecimento, o Governo do Estado levou para Petrolina um conjunto de outras obras que vão reforçar a segurança hídrica na região. São 65 mil metros de grandes adutoras (responsáveis por levar a água da Estação de Tratamento para os bairros), 37 mil metros de redes de distribuição (que leva a água para as residências), bem como três estações de bombeamento de grande eficiência energética e quatro grandes reservatórios capazes de armazenar 19,5 milhões de litros durante a noite e ofertá-los durante o dia. 

Arautos da moralidade caíram por terra

O PT através da sua agência de noticias publicou texto onde questiona vários nomes de uma lista de  personalidades que se acham arautos da moralidade, e questionam  qualquer fato em que filiados do partido sejam citados, sem que qualquer provas sejam apresentadas.
a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, "um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo"; "A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes,

Abaixo o texto na íntegra:

Nesta madrugada, foi divulgada a lista com os nomes de brasileiros com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão fiscal e de divisas já revelados no mundo. A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade.
O material foi divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a repercussão do caso junto à sociedade.
A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.
O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, um dos mais raivosos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.
O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços.
Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Eldorado, tinha US$ 310 mil na conta.
Arnaldo Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Com US$ 120,5 milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de seus jornalistas e apresentadores.
Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões.
Ao Blog do Fernando Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando dívidas tributárias e trabalhistas. Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.

No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.

Guzzo: acusou o PT de corrupção e está no bonde do HSBC

Um dos maiores críticos dos governos do PT, o colunista José Roberto Guzzo, de Veja, aparece no “bonde” do HSBC; para o Viomundo, site do jornalista Luiz Carlos Azenha, "agora é hora de observar a hipocrisia". Guzzo, e 2012 publicou texto, no qual ele questiona o ex-presidente Lula, o ex-ministro José Dirceu sobre suposto caso de corrupção envolvendo Rosemary Noronha; "O que interessa a Lula é uma coisa só: que todos continuem fazendo de conta que ele não tem nada a ver com a usina de corrupção inaugurada no Brasil em janeiro de 2003", afirma o colunista de Veja; a afirmação dele cabe bem ao escândalo do HSBC: a grande mídia vai continuar fazendo de conta que não tem nada a ver com o assunto?

A grande ópera bufa da CPI



Da Coluna do Moreno (O Globo)

O circo montado na CPI da Petrobras, para transformar a reunião da comissão em ato de solidariedade a Eduardo Cunha, não ajudou ao investigado e maculou a credibilidade do colegiado. O que se ouviu naquele beija-mão foi algo cômico, além de trágico, e que ultrapassou também todos os limites do ridículo, como Marcelo Aro (PHS-MG): 

— O senhor tem uma luz que há de brilhar neste país. Fortalecer sua excelência é fortalecer a população brasileira.

Além de se defender acusando, como fez com Delcídio Amaral, Cunha comprou briga com os procuradores. O primeiro caso nos remete a Ulysses Guimarães: “O denunciado suja a denúncia que faz. Ao apontar um erro, não quer justiça, quer cúmplice”. No segundo, os procuradores se sentiram atingidos pela frase de que a peça de acusação contra ele é uma “piada”. Em ocasiões anteriores nas quais os procuradores ficaram ofendidos, o outro lado saiu machucado.

Governo nomeia ex-prefeitos para integrar gestão



Foto: Hélia Scheppa/Arquivo JC Imagem
Foto: Hélia Scheppa/Arquivo JC Imagem
Por Franco Benites
Do Jornal do Commercio 
Mais uma leva de ex­-prefeitos passou a integrar a gestão do governador Paulo Câmara (PSB). O Diário Oficial do Estado de ontem trouxe a nomeação de cinco ex­gestores municipais que foram alocados na Secretaria da Casa Civil. Integram o grupo Yves Ribeiro (PSB), José Aglaílson (PSB), Carlos Cavalcanti (PSD), Neemias Gonçalves (PSB) e Rubem Catunda (PT).
Já integravam a Casa Civil, com nomeações anteriores ao Carnaval, os ex prefeitos Ozano Brito (Gravatá), Sandoval Candengue (Brejão), Adelmo Moura (Itapetim) e José Sávio Omena (Altinho). Eles são filiados ao PSB, partido do governador Paulo Câmara.

Universidade Católica de Pernambuco nega venda para grupo de Brasília

Do blog de jamildo


Foto: Arquivo/NE10
A Universidade Católica de Pernambuco divulgou um comunicado oficial negando que tenha sido vendida para um grupo de Brasília, como foi noticiado na coluna de Cláudio Humberto. De acordo com o colunista, a União Brasiliense de Educação e Cultura (Ubec), que mantém a Universidade Católica de Brasília, teria fechado a compra da instituição pernambucana e estaria preste a anunciar o acordo.
“A informação não procede. A Unicap não está à venda”, crava o comunicado divulgado pela universidade. A notícia havia circulado entre alunos e professores da instituição.
A Universidade Católica afirma estar em franca expansão, com a abertura de novos cursos de mestrado e doutorado e com graduações atingindo a nota máxima dada pelo Ministério da Educação, como foi com o curso de Direito.
“A Unicap, que prima pela excelência acadêmica e humana, está em processo de ampliação e consolidação de seu modelo educacional a serviço da comunidade pernambucana”, assegura a nota.
Além da Universidade Católica de Brasília, a Ubec controla ainda outras seis universidades em Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal.

Começa o segundo dia do Seminário Todos por Pernambuco

Auditório lotado para a plenária geral que abriu o segundo dia do Seminário Todos por Pernambuco 2015, que está sendo realizado na unidade do Senai de Petrolina, no Sertão do São Francisco. A solenidade de abertura contou com a presença do governador Paulo Câmara, dos secretários de Estado, além de prefeitos e lideranças políticas da região. Na plateia, empresários, produtores rurais, educadores e representantes da sociedade civil organizada, que participarão do seminário com sugestões, propostas e ideias que integrarão o programa de governo da atual gestão.

"Fico feliz em voltar ao São Francisco e ver tanta gente querendo contribuir com o Governo de Pernambuco. Hoje é um dia de trabalho e de fazer o que preconiza a nossa forma de governar. Pernambuco deu certo nos últimos oito anos porque implantou um modelo que ouve as pessoas. Nosso programa de governo foi validado nas urnas. Agora, voltamos para ouvir novas contribuições e planejar Pernambuco até 2018", argumentou Câmara, salientando que os "compromissos assumidos em praça pública serão cumpridos”.

Após a plenária de abertura, os participantes do seminário se deslocaram para as salas de debate para integrar os oito grupos temáticos: Água; Cidadania; Desenvolvimento Rural; Desenvolvimento Econômico, Sustentabilidade e Inovação Saúde; Segurança; Infraestrutura e Educação e Cultura. No período da tarde, será o momento para apresentar propostas ao governador. 

Após abrir o seminário, o governador recebeu uma comissão de alunos e professores da Universidade de Pernambuco (UPE) para tratar de melhorias na instituição de ensino. A contratação de docentes estava entre as demandas que foram apresentadas e serão analisadas pelo Governo.


Bolsonaro requer o “impeachment”. É melhor que Aécio, pois assume o golpismo

Por Fernando Brito, do Tijolaço

O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) protocolou, agora à tarde (ontem à tarde),  na Câmara dos Deputados um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
É claro que é um ato para a platéia, marcando posição para fixar-se como o chefe das hordas perante as quais desfilará domingo, com os príncipes bolsonarinhos que elegeu.
Mas, ao menos assume o que deseja e deixa bem marcado quem são os “defensores da democracia” que se insurgem contra a “ditadura esquerdista” que dizem estar instalada no Brasil.
Bolsonaro é isso, esta figura desprezível, miasma do passado autoritário, ditatorial e assassino que cobriu este país após a deposição militar e parlamentar que depôs Jango.
Mas não é pior do que aqueles que, cinicamente, fazem objeções ao impeachment e abanam as manifestações selvagens de marmanjos acanalhados e imberbes pretensiosos, que usam as roupas do século 21 nas idéias do século 19.
Se algo está errado com Bolsonaro foi o papel que se deixou disponível para ele, o de troglodita.
Alguém se recorda de como ele passou a ter notoriedade?
Enquanto era o porta-voz dos saudosos da ditadura, mal e mal fazia os votos para eleger-se.
O meio milhão de votos, quase, que teve agora, vieram da notoriedade que assumiu com a “causa antigay”, curiosamente levantada por toda a pseudorevolução de costumes, e que teve na televisão ( e de quem é a TV no Brasil) sua mais importante aliada.
Sem querer, deram a ele o papel histriônico de gritar contra gays e os defensores do que são: seres humanos iguais a todos, a mim e a você
É o que Bolsonaro tem, o papel de palhaço do passado.
Falta-lhe talento e conteúdo para vir a ser o Hitler brasileiro.
A assinatura acima da dele no requerimento de impeachment, que não se lê, é a de Aécio Neves, o cínico, embriagado pela possibilidade de tornar-se, ele sim, a face do movimento “impixatório”.
Aécio sonha que, pelo seu vazio, possa ser a “casca” ideal para o projeto conservador, tal e qual o oco Fernando Henrique o foi, dez anos atrás.

Revistas semanais inflam o coro anti-Dilma

247 - Três revistas semanais brasileiras circulam, neste fim de semana, com capas que fazem alusão aos protestos marcados para este domingo, 15 de março.
Em Istoé, a reportagem de Claudio Dantas Sequeira (leia aqui), aborda o "rugido das ruas". "Onda de manifestações contra a presidente varre o País, leva a crise política para um novo patamar e impõe ao governo um cenário de incertezas", diz o texto.
Em Veja, Dilma é apontada como a presidente com a menor aprovação desde o impeachment de Fernando Collor e retratada como uma pessoa de olhos fechados para a realidade.
Em Época, do Grupo Globo, ela é retratada como uma "presidente encurralada" pela maior crise política desde que o Partido dos Trabalhadores assumiu o poder, em 2003.

As três publicações semanais engrossam o coro anti-Dilma, mas os atos realizados ontem em 24 estados pela Central Única dos Trabalhadores e por movimentos sociais, em defesa da democracia, revelam que ela ainda dispõe de um sólido bloco de apoio popular (leia mais aqui).

Swissleaks fisga barões da mídia e jornalistas

247 - O escândalo Swissleaks, das contas numeradas secretas mantidas na Suíça, fisgou alguns dos mais poderosos barões da mídia brasileira, assim como influentes jornalistas da imprensa nacional.
Na lista vazada por Hervé Falciani, ex-funcionário do HSBC, estão nomes poderosos como Otávio Frias Filho, dono e diretor de Redação da Folha de S. Paulo, e João Jorge Saad, o Johnny Saad, dono do grupo Bandeirantes – ambos tinham contas zeradas em 2007, ano dos registros obtidos por Falciani.
Outro personagem curioso que aparece na lista é José Roberto Guzzo, ex-diretor de Veja e Exame e hoje conselheiro editorial da Abril, além de um dos colunistas mais mal-humorados da imprensa brasileira.
A lista também fisgou Carlos Massa, o Ratinho, do SBT, com US$ 12,4 milhões, e Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, com US$ 750,2 mil.
A maior soma na lista é a de Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, com US$ 120,5 milhões. Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões. Fernando João Pereira dos Santos, da Rádio Tribuna, do Espírito Santo, mantinha US$ 9,9 milhões.
Além deles, aparece ainda Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando um rastro de dívidas tributárias e trabalhistas.
Entre os jornalistas assalariados, além de Guzzo, destaque para Mona Dorf, ligada à Rádio Eldorado, com US$ 310 mil. Arnaldo Bloch, colunista do Globo, também foi correntista do HSBC de Genebra, assim como a família Dines, que, à época manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.

Todos os personagens citados alegam manter contas regulares e declaradas – o que deve ser verificado pela Receita Federal. A divulgação da lista de barões da mídia, no entanto, coloca em xeque o trabalho de Fernando Rodrigues, jornalista do Uol que foi escolhido pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos para receber o material. Não foi Rodrigues quem divulgou o nome de seu patrão, Otávio Frias Filho, mas sim os repórteres Chico Otávio, Cristina Tartáguila e Ruben Berta, do jornal O Globo.

Golpistas usam até cardeal para mentir e iludir

Mensagem que se espalhava pelo whatsapp "informava" que a Igreja Católica estaria convocando a população para sair às ruas amanhã, usando a imagem do cardeal D. Odilo Scherer; cardeal foi às redes para desmentir a convocação e criticou a falta de ética desses manifestantes; mentira vinha sendo também disseminada pela página "Admiradores de Rachel Sheherazade", a apresentadora golpista do SBT, que defende a "deposição" da presidente Dilma Rousseff; "Ajude a denunciar a página", disse o cardeal

Atos tapam a boca da Globo

Em SP, repórter esconde que é da Globo

Parte da Paulista tomada. (Foto: Igor Felipe)

Fotos publicadas originalmente no Blog conversa afiada

Oposição cobra a Paulo Câmara piso salarial para todos os professores.


Foto: reprodução/Facebook

Do blog de jamildo
A bancada de oposição ao Governo do Estado na Assembleia Legislativa divulgou que considera legítimas as reivindicações feitas pelos trabalhadores em educação na rede estadual e concorda que o projeto é incompleto, como fez a CUT e o Sintepe. “O projeto reajusta em 13,01% apenas o salário dos professores com nível médio, concedendo índice menor (0,89%) para os docentes de nível superior”, repetiram a argumentação.
Depois da segurança, o mote da educação deve virar mantra nas próximas semanas. Na próxima quarta-feira (18), a Assembleia Legislativa de Pernambuco promove uma audiência pública para discutir a questão salarial dos professores. Na mesma data, às 16h, ocorrerá uma nova negociação com o governo do estado. No dia 23 de março (segunda-feira), será realizada uma assembleia geral, onde os professores podem decretar greve.
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da rede estadual (Sintepe) decretou nesta sexta-feira (13) estado de greve.
O Sintepe cobra do governo estadual a aplicação dos 13,01% para toda a categoria e a apresentação de uma planilha da aplicação dos 100% de reajuste no salário dos docentes nos próximos quatro anos, como prometido pelo governador Paulo Câmara na campanha eleitoral de 2014.
“O índice de 13,01% não atendeu à categoria de maneira igualitária. Os professores com nível superior, que representam 90% dos profissionais da rede, tiveram reajuste de 0,89%. Esta distorção precisa ser corrigida. Eles querem achatar o Plano de Cargos e Carreira”, protesta a deputada estadual Teresa Leitão (PT), ligada à categoria.
O líder da Bancada da Oposição, Silvio Costa Filho (PTB), disse que para dobrar o salário dos professores em quatro anos, conforme prometeu, o governo Paulo Câmara deveria, no mínimo, acenar com um reajuste de 19% já agora em 2015, seguindo estimativa do Sintepe.
“O governo precisa mostrar que esta não foi uma promessa apenas de fundo eleitoreiro e que de fato os professores serão contemplados”, provocou.
Silvio Costa Filho chama a atenção também para a necessidade de mais investimentos na melhoria da infraestrutura das escolas. “Há escolas espalhadas por todo o Estado sem as condições físicas adequadas para receber alunos e professores”, pontua.

Governo do PT não está quebrando o país

Por Mauro Santayana

Segundo os chamamentos que estão sendo feitos nesse momento, no WhatsApp e nas redes sociais, pessoas irão sair às ruas, no domingo, porque acusam o governo de ser corrupto e comunista e de estar quebrando o país.

Se estes brasileiros, antes de ficar repetindo sempre os mesmos comentários dos portais e redes sociais, procurassem fontes internacionais em que o mercado financeiro normalmente confia para tomar suas decisões, como o FMI - Fundo Monetário Internacional - e o Banco Mundial,  veriam que a história é bem diferente, e que o PIB e a renda per capita caíram, e a dívida pública líquida praticamente dobrou, foi no governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Banco Mundial (veja aqui), o PIB do Brasil, que era de 534 bilhões de dólares, em 1994, caiu para 504 bilhões de dólares, quando Fernando Henrique Cardoso deixou o governo, oito anos depois.
Para subir, extraordinariamente, destes 504 bilhões de dólares, em 2002, para 2 trilhões, 300 bilhões de dólares, em 2013, último dado oficial levantado pelo Banco Mundial, crescendo mais de 400% em dólares, em apenas 11 anos, depois que o PT chegou ao poder.
E isso, apesar de o senhor Fernando Henrique Cardoso ter vendido mais de 100 bilhões de dólares em empresas brasileiras, muitas delas estratégicas, como a Telebras, a Vale do Rio Doce e parte da Petrobras, com financiamento do BNDES e uso de “moedas podres”, com o pretexto de sanear as finanças e aumentar o crescimento do país. 
Com a renda per capita ocorreu a mesma coisa. No lugar de crescer em oito anos, a renda per capita da população brasileira, também segundo o Banco Mundial - caiu de 3.426 dólares, em 1994, no início do governo,  para 2.810 dólares, no último ano do  governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002.
E aumentou, também, em mais de 400%, de 2.810 dólares, para 11.208 dólares, depois que o PT chegou ao poder, também segundo o World Bank.
O salário mínimo, que em 1994, no final do governo Itamar Franco, valia 108 dólares, caiu 23%, para 81 dólares, no final do governo FHC e aumentou em três vezes,  para mais de 250 dólares, hoje, também depois que o PT chegou ao poder.
As reservas monetárias internacionais - o dinheiro que o país possui em moeda forte - que eram de 31,746 bilhões de dólares, no final do governo Itamar Franco, cresceram em apenas algumas centenas de milhões de dólares por ano, para 37.832 bilhões de dólares (aqui) nos oito anos do governo FHC.
Nessa época, elas eram de fato negativas, já que o Brasil, para chegar a esse montante, teve que fazer uma dívida de 40 bilhões de dólares com o FMI.
Depois, elas se multiplicaram para 358,816 bilhões de dólares em 2013, e para 369,803 bilhões de dólares, em dados de ontem, transformando o Brasil de devedor em credor (aqui), depois do pagamento da dívida com o FMI em 2005, e de emprestarmos dinheiro para a instituição, quando do pacote de ajuda à Grecia em 2008.
E, também, no quarto maior credor individual externo dos EUA, segundo consta, para quem quiser conferir, do próprio site oficial do tesouro norte-americano.
O IED - Investimento Estrangeiro Direto, que foi de 16,590 bilhões de dólares, em 2002, no último ano do Governo Fernando Henrique Cardoso, também subiu mais de quase 400%, para 80,842 bilhões de dólares, em 2013, depois que o PT chegou ao poder, ainda segundo dados do Banco Mundial: passando de aproximadamente 175 bilhões de dólares nos anos FHC (mais ou menos 100 bilhões em venda de empresas nacionais) para 440 bilhões de dólares depois que o PT chegou ao poder.
A dívida pública líquida (o que o país deve, fora o que tem guardado no banco), que, apesar das privatizações, dobrou no Governo Fernando Henrique, para quase 60%, caiu para 35%, agora, 11 anos depois do PT chegar ao poder.   
E, ao contrário do que muita gente pensa, o Brasil ocupa, hoje, apenas o quinquagésimo lugar do mundo, em dívida pública, em situação muito melhor do que os EUA, o Japão, a Zona do Euro, ou países como a Alemanha, a França, a Grã Bretanha - cujos jornais adoram ficar nos ditando regras e “conselhos” - ou o Canadá.
Também ao contrário do que muita gente pensa, a carga tributária no Brasil caiu ligeiramente, segundo Banco Mundial, de 2002, no final do governo FHC, para o último dado disponível, de dez anos depois (aqui), e não está entre a primeiras do mundo, assim como a dívida externa, que caiu mais de 10 pontos percentuais nos últimos dez anos, e é a segunda mais baixa, depois da China, entre os países do G20.
Quanto à questão fiscal, não custa nada lembrar que a média de déficit público, sem desvalorização cambial, dos anos  FHC, foi de 5,53%, e com desvalorização cambial, de 6,59%, bem maior que os 3,13% da média dos anos que se seguiram à sua saída do poder; e que o superavit primário entre 1995 e 2002 foi de 1,5%, muito menor que os 2,98% da média de 2003 e 2013 - segundo Ipeadata e o Banco Central - nos governos do PT.  
Considerando-se estas informações, que estão, há muito tempo, publicamente disponíveis na internet, o grande mistério da economia brasileira, nos últimos 12 anos, é saber em que dados tantos jornalistas, economistas, e “analistas”, ouvidos a todo momento, por jornais, emissoras de rádio e televisão, se basearam, antes e agora, para tirar, como se extrai um coelho da cartola - ou da "cachola" - o  absurdo paradigma, que vêm defendendo há anos, de que o Governo Fernando Henrique foi um tremendo sucesso econômico, e de que deixou “de presente” para a administração seguinte, um país  econômica e financeiramente bem sucedido.
Nefasto paradigma, este, que abriu caminho, pela repetição, para outra teoria tão frágil quanto mentirosa, na qual acreditam piamente muitos dos cidadãos que vão sair às ruas no próximo domingo:
A de que o PT estaria, agora, jogando pela janela, essa - supostamente maravilhosa - “herança” de Fernando Henrique Cardoso, colocando em risco as conquistas de seu governo.
O pior cego é o que não quer ver, o pior surdo, o que não quer ouvir.
Não dá, para, em perfeito juízo, acreditar que os advogados, economistas, empresários, jornalistas, empreendedores, funcionários públicos, majoritariamente formados na universidade, que bateram panelas contra Dilma em suas varandas, há poucos dias, acreditem mais nos boatos das redes sociais, do que no FMI e no Banco Mundial, organizações que podem ser taxadas de tudo, menos de terem sido “aparelhadas” pelo governo brasileiro e seus seguidores.
Está certo que não podemos ficar apenas olhando para o passado, que temos de enfrentar os desafios do presente, fruto de uma crise que é internacional, que faz com que estejamos crescendo pouco, embora haja diversos países ditos “desenvolvidos” que estejam muito mais endividados e crescendo menos do que nós.
Assim como também é verdade que esse governo não é perfeito, e que se cometeram inúmeros erros na economia, que poderiam ter sido evitados, principalmente nos últimos anos. 
Mas, pelo amor de Deus, não venham nos impingir nenhuma dessas duas fantasias, que estão empurrando muita gente a sair às ruas para se manifestar: nem Fernando Henrique salvou o Brasil, nem o PT está quebrando um país, que em 2002, era a décima-quarta maior economia do mundo, e que hoje já ocupa o sétimo lugar.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Professores da rede estadual de Pernambuco decretam estado de greve

Em assembleia realizada na manhã desta sexta-feira (13), os professores da rede estadual de ensino de Pernambuco decretaram estado de greve. Uma nova reunião para definir se a paralisação será mesmo realizada foi marcada para o próximo dia 23. O Estado tem 1.049 escolas e 650 mil alunos.
Os professores reivindicam ao Governo do Estado que o aumento do piso salarial chegue a outros profissionais. O governador Paulo Câmara (PSB) enviou para a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) o Projeto de Lei que reajusta o menor pagamento dos trabalhadores, com efeito retroativo a partir do mês de janeiro deste ano. Com o PL, o reajuste beneficiará 4,6 mil dos aproximadamente 25 mil professores.

O aumento no piso foi 13,01%. Assim, o valor do piso salarial profissional do magistério, com jornada laboral mensal de 200 horas/aula, será de R$ 1.917,78. Para não ficar abaixo do piso, o grupo 1A da categoria, uma minoria, receberá aumento de 0,87%.

"Tem que respeitar a grade de vencimento do plano de cargos e carreira e o aumento do piso", afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco (Sintepe). A entidade tem reunião marcada com o secretario de Administração, Milton Coelho, no dia 18, para abrir a rodada de negociação de 2015 para o salário da categoria.
  
o jc.com

Pernambuco recebe investimento de R$ 6 bilhões em parques eólicos‏

O governador Paulo Câmara visitou, nesta sexta-feira (13), o parque eólico da Casa dos Ventos, em Marcolândia, no Piauí. O chefe do Executivo pernambucano foi conhecer os detalhes da implantação de um cluster na Chapada do Araripe e de outro no Agreste. As plantas começam a ser construídas até o fim de março e o projeto será totalmente finalizado em dois anos. A empresa vai investir R$ 6 bilhões em Pernambuco na implantação dos clusters.

 

Durante a visita em Marcolândia, o governador destacou que a hélice e a torre que integram a turbina são produzidas no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Ipojuca. Os demais itens necessários para o funcionamento do parque são importados através do porto pernambucano, o que gera emprego e renda para o Estado.

 

Para que os parques eólicos fossem viabilizados, o Governo de Pernambuco investiu na infraestrutura do entorno. “Além de investir na capacidade técnica, o Estado também trabalhou para levar água, estradas e no serviço de internet e telefonia fixa”, pontuou Paulo Câmara.

 

O projeto do Araripe terá operações em Araripina, Ouricuri e Santa Filomena, com capacidade para atender 2,8 milhões de domicílios e, juntamente com o cluster Garanhuns, vai colocar Pernambuco na lista dos estados que mais geram energia eólica no país. A Casa dos Ventos, empresa responsável pelas plantas pernambucanas, fornece energia para mais de oito milhões de lares no Brasil, além de gerar mais de 70 mil empregos, diretos e indiretos.

 

Pernambuco reúne todas as condições para o funcionamento dos parques. Na Chapada do Araripe, os ventos são constantes e o terreno é plano, o que torna o projeto de fácil execução. Devido à baixa densidade populacional, os impactos socioambientais na região são reduzidos. O cluster Garanhuns será instalado simultaneamente nos municípios de Caetés, Paranatama, Venturosa, Pedra, Pesqueira e Cachoeiras, e vai atender 1, 3 milhão de domicílios. 

Uma escola nascida sob o símbolo do protesto

Do blog de Magno Martins



No primeiro ato da agenda à parte ao seminário “Todos por Pernambuco”, há pouco, no Sertão do Araripe, o governador Paulo Câmara (PSB) viveu um momento de muita emoção na inauguração da escola estadual de ensino médio Gênifa Felisbela Nobre, em Serrolândia, distrito de Ipubi.
Tudo porque a unidade de ensino nasceu de um gesto inusitado e ousado do ex-governador Eduardo Campos, que há sete meses perdeu a vida num acidente aéreo. Corria o ano de 2013 quando numa visita a Ipubi, a comitiva de Eduardo enfrentou um protesto de estudantes pela melhoria das condições físicas e de ensino da escola.
O então governador desceu do carro que o conduzia e se dirigiu aos manifestantes, sozinho, sem um único segurança ou assessor. Quando compreendeu a razão do protesto pediu para ir conhecer a escola e, após percorrer as suas instalações, se indignou com o estado precário da unidade.
Diante do que viu, não apenas prometeu que transformaria as quatro salas que compunham a escola, com um banheiro imundo, numa escola decente, como demitiu a então coordenadora da Gerência Regional de Educação, Cleide Alencar, que tinha um parentesco distante dele. A professora Maria Ilijânia, que liderou o protesto, só acreditou na promessa depois que viu o ato de demissão da servidora.
Hoje, escolhida para discursar no ato de entrega da escola, que custou R$ 1,4 milhão, Ilijânia, bastante emocionada, tratou Eduardo comoum  político diferenciado. “Na sua simplicidade, ele veio até nós e, sensível ao que viu, nos deu a oportunidade de realizar esse sonho. Isso se chama sensibilidade e elevado espírito público”, disse.
De líder grevista, a professora foi alçada à coordenadora da escola entregue hoje, sob fortes aplausos dos alunos presentes. O governador Paulo Câmara cumpriu a sua parte e entregou a obra, iniciada por Eduardo. Mas quem acabou sendo o grande homenageado foi o próprio Eduardo.
Estudantes e admiradores levaram faixas, cartazes e adesivos com a foto do ex-governador. Diante de um ambiente carregado de forte emoção, num dia 13 em que já se passaram sete meses da morte do líder socialista, muita gente não resistiu e chorou, como Paulo Câmara, o prefeito Alexandre Arraes, primo de Eduardo, e vários secretários, além do povo simples na plateia.








A escola que nasceu de um protesto e foi materializada na palavra cumprida do ex-governador abre vaga para 600 alunos e tem uma estrutura moderna, com quadra coberta e até auditório. Serrolândia, onde está localizada a unidade educacional, é uma comunidade pobre, perdida no Sertão do Araripe.

Para alegrar ainda mais a comunidade, que lotou as dependências da escola, o governador Paulo Câmara deu um presente especial: assinou a ordem de serviço para pavimentação da estrada que liga o distrito ao centro de Ipubi, que fica a 660 km do Recife.

Em Araripina, Paulo abre o Todos por Pernambuco 2015

O governador Paulo Câmara abriu a terceira edição do Todos por Pernambuco, na manhã desta sexta-feira (13), em Araripina, no Sertão do Araripe. O seminário será realizado durante todo o dia, na Escola Técnica Estadual Pedro Muniz Falcão. A primeira rodada do Todos contempla ainda o município de Petrolina, no São Francisco, neste sábado (14). No domingo (15), será a vez de Salgueiro, no Sertão Central. “Eu venho aqui para dizer a vocês que todos os compromissos que eu assumi na campanha de 2014 serão cumpridos. Foi assim que Eduardo Campos fez e é assim que vamos fazer, porque deu certo”, cravou Paulo. 


O chefe do Executivo pernambucano ressaltou também os avanços de Pernambuco no campo econômico e social, além de salientar as perspectivas para os próximos anos. “Nos últimos oito anos, Pernambuco reassumiu o papel de protagonista no Nordeste e no Brasil; e voltou a ser referência de desenvolvimento econômico com inclusão social. O nosso Estado se transformou em um lugar melhor para viver e melhor para trabalhar, como reconhece o povo. É a partir do legado deixado pelas gestões estaduais desse período, bem como da sólida base de avanço conquistada, que o nosso governo tem início, com a missão de avançar ainda mais nas conquistas econômicas e sociais”, destacou Câmara.
 
Durante a abertura do seminário, uma grande ausculta popular promovida pelo Estado para colher sugestões de políticas públicas que integrarão o programa de governo da atual gestão, Paulo Câmara salientou a importância da participação popular no Governo de Pernambuco e a segurança oferecida pelo modelo de gestão adotado pelo Estado nos últimos anos. “O modelo de gestão implantado em 2008 garante, por Lei, que governantes atuem com diálogo, transparência, coesão política, equilíbrio fiscal dinâmico, eficiência e agilidade”, disse o governador. 
 
Ainda pela manhã, os participantes do seminário permanecem na escola para integrar os oito grupos temáticos. No período da tarde, será o momento para apresentar propostas ao governador, que, antes de participar plenária popular, cumprirá agenda em Serrolândia, na cidade de Ipubi. No distrito, o chefe do Executivo estadual inaugura uma escola e autoriza a implantação de 25 quilômetros da PE-590. De lá, Paulo e sua equipe partem para Marcolândia, na divisa com Piauí, para visitar a Fábrica Eólica Casa dos Ventos. 
 
PROGRAMA - Lançado no primeiro ano da gestão do ex-governador Eduardo Campos, em 2007, o Todos por Pernambuco é um canal direto de comunicação com o povo pernambucano, que vai identificar os anseios de cada uma das 12 regiões do Estado. Na próxima semana, o seminário recomeça na quinta-feira (19), por Floresta (Sertão de Itaparica); Afogados da Ingazeira (Sertão do Pajeú), na sexta; e Arcoverde (Sertão do Moxotó), no sábado. Para o governador, o programa é democrático e tem o objetivo de reduzir as desigualdades regionais. 

Usina Nuclear de Angra 3 e a Operação Lava Jato

Heitor Scalambrini Costa
Professor da Universidade Federal de Pernambuco
Apesar de toda a movimentação no cenário internacional acerca dos problemas e riscos de instalações nucleares, que ficou exacerbada após o desastre de Fukushima (11/3/2011), surpreende a posição das autoridades do Ministério de Minas e Energia, dos “lobistas” da área nuclear,das empreiteiras e fornecedoras de equipamentos ― pois todos continuam insistindo na instalação de mais quatro usinas nucleares no país até 2030, sendo duas delas no Nordeste brasileiro. Além da construção de Angra 3 ― já aprovada.
No caso de Angra 3, a estimativa de custos da obra era de R$ 7,2 bilhões, em 2008; pulou para R$ 10,4 bilhões,no final de 2010;em julho de 2013, de acordo com a Eletronuclear, superava os R$ 13 bilhões; e, até 2018, ano de sua conclusão, devem alcançar R$ 14,9 bilhões. Obviamente a duplicação nos custos de construção desta usina nuclear impactam decisivamente o preço médio de venda de eletricidade no país.

A história da indústria nuclear no Brasil mostra que ela sempre foi ― e continua sendo ― uma indústria altamente dependente de subsídios públicos. Sem dúvida, são perversas as condições de financiamento de Angra 3, com subsídios governamentais ocultos, a serem posteriormente disfarçados nas contas de luz. E quem vai pagar essa conta seremos nós, os usuários, que já pagamos uma das mais altas tarifas de energia elétrica do mundo.

Com a Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, para investigar um grande esquema de lavagem e desvio de dinheiro envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras do país e diversos políticos, começam a ser desnudados os reais interesses, nada republicanos, da decisão de construção das grandes obras energéticas, como a usina hidroelétrica de Belo Monte e a usina nuclear Angra 3.


Desde a decisão de construí-la no âmbito do conturbado acordo nuclear Brasil-Alemanha, a usina de Angra 3foi cercada de mistério, controvérsias, incertezas e falta de transparência, comuns no setor nuclear brasileiro.

As obras civis da usina foram licitadas à Construtora Andrade Gutierrez mediante contrato assinado em 16 de junho de 1983(governo Figueiredo, 1979-1985). Em abril de 1986, as obras foram paralisadas por falta de recursos, alto custo e dúvidas quanto a conveniência e riscos desta fonte de energia. Mesmo assim a construtora recebeu durante décadas um pagamento de aproximadamente US$ 20 milhões/ano.

Depois de 23 anos parada, as obras de Angra 3 foram retomadas em 2009 (governo Lula, 2003-2010). O governo Lula optou por não fazer licitações, e revalidou a concorrência ganha pela construtora Andrade Gutierrez, em 1983. Embora não tenha feito novas licitações, a Eletronuclear negociou atualizações de valores com todos os fornecedores e prestadores de serviços. A obra e seus equipamentos ficaram bem mais caros. Em dólares, seu valor pulou de US$ 1,8 bilhão para aproximadamente cerca de US$ 3,3 bilhões.

Diante da decisão de manter o contrato com a Andrade Gutierrez, construtoras concorrentes, especialmente a Camargo Corrêa, tentaram em vão convencer o governo a rever sua decisão, alegando que neste período houve uma revolução tecnológica que reduziu em até 40% o custo de obras civis de usinas nucleares. Também o plenário do Tribunal de Contas da União, em setembro de 2008, ao avaliar o assunto não impediu a revalidação dos contratos. Porém considerou que Angra 3 apresentava "indícios de irregularidade grave" sem recomendar, todavia, a paralisação do empreendimento.

O contrato das obras civis não foi o único a ser tirado do congelador pelo governo Lula. Para o fornecimento de bens e serviços importados foi definida a fabricante Areva, empresa resultante da fusão entre a alemã Siemens KWU e a francesa Framatome. A rigor, a Areva nem assinou o contrato. Ela foi escolhida porque herdou da KWU o acordo original.
Já os contratos da montagem foram assinados em 2 de setembro de 2014 com os seguintes consórcios: consórcio ANGRA 3, para a realização dos serviços de montagens eletromecânicas dos sistemas associados ao circuito primário da usina (sistemas associados ao circuito de geração de vapor por fonte nuclear),constituído pela empresas Construtora Queiroz Galvão S.A., EBE – Empresa Brasileira de Engenharia S.A. e Techint Engenharia S.A. E consórcio UNA 3, para a execução das montagens associadas aos sistemas convencionais da usina, constituído pelas empresas Construtora Andrade Gutierrez S.A., Construtora Norberto Odebrecht S.A., Construções e Comércio Camargo Corrêa S.A. e UTC Engenharia S.A.

O atual planejamento da Eletronuclear prevê a entrada em operação de Angra 3 em maio de 2018. Mas esta meta deverá ser revista depois de a obra ser praticamente paralisada no final de abril de 2014, devido à alegação de dívidas não pagas a empreiteira ( governo Dilma, 2011-2014).

Depois de todos estes percalços, para uma obra tão polemica, tomamos conhecimento das denúncias feitas por um dos executivos da empreiteira Camargo Correa, que passou a colaborar com as investigações da Operação Lava Jato e relatou aos procuradores, durante negociações para o acordo de delação premiada, uma suposta propina para o ex-ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, na contratação da Camargo Correa para a execução de obras da usina de Angra 3.

Caso se confirme tais acusações ficará claro para a sociedade brasileira que os reais interesses pela construção de Angra 3 e de mais 4 usinas nucleares tiveram como principal motivação as altas somas que autoridades públicas receberam como suborno. É bom lembrar que neste caso o ministro Lobão tinha poder de comando sobre a empresa pública responsável pela obra, a Eletronuclear ― subsidiaria da Eletrobrás.

A partir deste episódio não podemos mais ignorar as objeções técnicas, como as denúncias com relação à obsolescência dos equipamentos tecnologicamente defasados (comprometendo o seu funcionamento e aumentando o risco de um desastre nuclear). Nem as denúncias de que o custo desta obra poderia encarecer durante a sua construção ― o que,de fato,já aconteceu.Tampouco o questionamento sobre o empréstimo realizado pela Caixa Econômica Federal, para a construção de Angra 3.

A expectativa é que todas as denúncias sejam investigadas e apuradas as responsabilidades. O fato em si é gravíssimo, e suficiente para a interrupção das atividades nucleares no país, em particular a construção de Angra 3, com o congelamento de novas instalações. Não se pode admitir que a decisão de construir centrais nucleares no país tenha sido feita em um mero balcão de negócios.