O governo enviou nesta quarta-feira (30) ao Congresso Nacional os
projetos de lei relativos às negociações salariais de 2015. A maior
parte dos servidores assinou acordos prevendo reajuste escalonado em
dois anos, sendo 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. O
aumento totaliza 10,8%, porque a segunda parcela incidirá sobre o valor
do salário já reajustado.
Segundo o Ministério do Planejamento, assinaram acordo 1,1 milhão de
servidores, o que representa cerca de 90% dos servidores civis do
Executivo Federal, tanto aposentados quanto na ativa.
As carreiras que não chegaram a um entendimento com o governo em 2015
foram Receita Federal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal,
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), médicos
peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), diplomatas,
peritos federais agrários e analistas de infraestrutura e de políticas
sociais.
De acordo com o Planejamento, as negociações com as representações desses servidores continuarão em 2016.
Além do reajuste de 10,8%, os servidores terão atualização dos
valores do auxílio-alimentação (R$ 373 para R$ 458), da assistência à
saúde (o valor médio passará de R$ 117,78 para R$ 145) e da assistência
pré-escolar (o valor médio sobe de R$ 73 para R$ 321).
Os servidores receberão a primeira parcela do ajuste somente em
agosto, e não em janeiro, como parte do ajuste fiscal do governo para
tentar garantir superávit primário (economia para pagar os juros da
dívida) em 2016.
Além do adiamento, a primeira parcela do aumento está abaixo da
inflação acumulada em 2015. A inflação pelo Índice de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) soma alta de 10,48% em 12 meses até novembro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário