Blog do Kennedy
Governo e Senado avaliam que votação só na Câmara não afasta Dilma
Ao
apresentar argumentos ao STF (Supremo Tribunal Federal) na guerra do
impeachment, a presidente Dilma Rousseff e o presidente do Senado, Renan
Calheiros, jogaram juntos. Em parecer ao Supremo, o procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, discordou da decisão do presidente da Câmara,
Eduardo Cunha, de eleger por voto secreto a comissão especial do
impeachment.
Dilma
e Renan fizeram jogada combinada. Apesar de pertencer ao PMDB do
vice-presidente Michel Temer, Renan está apoiando Dilma na guerra do
impeachment. Se prevalecerem os argumentos do Planalto e do Senado, de
que não basta a votação da Câmara para afastar Dilma por 180 dias até o
julgamento final do impeachment, cresce a chance de a presidente barrar
sua queda, porque o governo tem mais apoio entre os senadores do que
entre os deputados.
Se
o Supremo seguir o argumento do Ministério Público sobre a formação da
comissão de impeachment e determinar nova eleição com voto aberto, isso
tende a ajudar o governo a obter mais aliados e enfraquecerá Eduardo
Cunha.
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