Aos
56 anos, o diretor do Atlantic Council Adrienne Arsht América Latina
Center, Peter Schechter, viveu em países da América Latina e, como
consultor político, atuou em campanhas presidenciais como a do
oposicionista Henrique Caprilles, na Venezuela, ao direitista Alvaro
Uribe, na Colômbia, e a do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Questionado
sobre o que pensam os americanos acerca do impeachment, ele diz que os
ianques têm “medo de que isso adie a capacidade do Brasil de voltar a
ser uma locomotiva econômica, de voltar a ser um país importante
econômica e diplomaticamente”. “O Brasil não está caindo aos pedaços, há
um problema político, mas temos que lembrar que o país não está
totalmente parado”, acrescentou durante entrevista ao Globo.
Sobre
o acolhimento de pedidos de impeachment pelo presidente da Câmara
Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ele afirma achar “uma pena
que, com tantos problemas que tem no Brasil, com tantas coisas sérias
acontecendo, na economia, política e na parte legal, que estejamos vendo
um filme de cowboy”.
Otimista,
ele diz que o Brasil pode amadurecer com a crise política. "O setor
político ficou grande demais, com poder demais. É preciso achar maneiras
de limitar a influência política na economia brasileira. A reforma
política tem de criar um sistema que responda mais diretamente aos
cidadãos. Não pode ser uma classe política que quer poder pelo poder,
que quer ficar sempre próximo ao poder" disse.
Nenhum comentário:
Postar um comentário