O
líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT), se integrou, ontem, à
Marcha das Águas formada por sindicalistas, trabalhadores rurais,
membros da sociedade civil e lideranças políticas para pedir agilidade
nas obras da Adutora do Agreste. Centenas de pessoas saíram na última
quinta-feira do município de Iati e percorreram a pé cerca de 100
quilômetros até chegar à cidade de Tupanatinga, na manhã de ontem.
“É uma alegria poder participar desta marcha e assumir um compromisso
de a gente continuar lutando pela adutora. O que se vê aqui é a união
de forças de diferentes atores políticos que estão dizendo o quanto é
importante esta obra para a população. Não adianta o governo federal e o
governo estadual ficarem jogando a responsabilidade um para o outro. O
que a gente tem que fazer é trabalhar juntos, é garantir mais recursos.
Asseguro aqui que vou fazer o possível e o impossível para que a obra
caminhe com mais celeridade. Vou, inclusive, pedir uma audiência pública
para conversarmos com o ministro da Integração”, garantiu o senador
Humberto Costa, que vai agendar um encontro da comitiva com o gestor da
pasta, Gilberto Occhi.
Também presente ao evento, o prefeito de Águas Belas, Genivaldo
Menezes (PT), fez questão de agradecer o empenho do senador em garantir
mais recursos para a adutora. “O que a gente viu aqui foi o compromisso
do senador Humberto com o povo, de caminhar lado a lado e entender a
seca que a gente está passando”, afirmou. Para o prefeito de
Tupanatinga, Manoel Tomé (PT), a ação foi apenas o início de uma série
de atividades que irão garantir a agilidade na construção da adutora.
“Vamos em frente. Vamos ao Palácio do Campo das Princesas, vamos a
Brasília. Esta Marcha não vai parar até atingir o seu objetivo”,
afirmou.
Orçada em R$ 1,3 bilhão, a Adutora do Agreste faz parte do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC), mas vem sofrendo com o atraso na
obra, que foi iniciada há dois anos e ainda não tem previsão definitiva
para a sua conclusão. A adutora deve beneficiar diretamente 32
municípios da região e a sua conclusão se torna ainda mais importante
por conta do período prolongado de estiagem, que vem atingindo todo o
Agreste.
Em algumas regiões, há cinco anos não chove. Segundo o coordenador do
MST em Pernambuco, Jaime Amorim, o problema da falta de água, que vem
afetando a região, pode ter um grande efeito acelerador. “A seca é um
grande problema, mas também pode ser o início da solução. É a
possibilidade da gente lutar para resolver as coisas”, afirmou.
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