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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Dilma cita bom exemplo do Senado


Da Folha de S.Paulo – Marina Dias, Ranier Bragon e Débora Alves
No jantar que que ofereceu a deputados do bloco do governo na noite desta segunda-feira (17), no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff renovou os apelos em prol do ajuste fiscal e citou o "bom exemplo" do Senado como modelo a ser seguido.
Dona de reprovação popular recorde, Dilma recebeu um fôlego político nos últimos dias do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que começou a negociar com o governo um pacote de projetos contra a crise econômica.
A Câmara é comandada pelo adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por aplicar as maiores derrotas legislativas a ela
De acordo com relato de deputados presentes ao encontro – foram ao Alvorada vice-líderes das bancadas governistas–, Dilma está consciente de que precisa de estabilidade política para enfrentar a crise econômica.
Segundo eles, a petista disse que, se pudesse, falaria com "deputado a deputado" para explicar a real situação do país e a necessidade de que não sejam aprovados projetos que representem ameaça aos cofres públicos.
E teria feito uma previsão: a de que há crises que duram horas, as que duram meses e as que duram anos. E essa "certamente não durará horas", teria dito a presidente.
Ainda segundo os deputados, ela explicou que vetou o reajuste dos servidores do Judiciário porque o país não suporta gastos extras como esse. E frisou que fará o que for preciso para manter a estabilidade das contas públicas.
Segundo o vice-líder do bloco governista José Rocha (PR-BA), Dilma acredita que a situação no Senado está "mais ou menos equacionada", mas que na Câmara ainda precisa ser resolvida. Mais uma vez, ela se colocou à disposição dos parlamentares para conversas.
"O que me chamou mais a atenção foi a disposição da presidente de viabilizar a estabilidade política para enfrentar a crise econômica", afirmou Orlando Silva (PC do B-SP).
"Foi um encontro para discutir a pauta do país, a responsabilidade pública, e para dizer que a 'pauta-bomba' é ruim para o Brasil", reforçou Silvio Costa (PSC-PE).

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