Da Folha de S.Paulo – Marina Dias, Ranier Bragon e Débora Alves
No
jantar que que ofereceu a deputados do bloco do governo na noite desta
segunda-feira (17), no Palácio da Alvorada, a presidente Dilma Rousseff
renovou os apelos em prol do ajuste fiscal e citou o "bom exemplo" do
Senado como modelo a ser seguido.
Dona
de reprovação popular recorde, Dilma recebeu um fôlego político nos
últimos dias do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que
começou a negociar com o governo um pacote de projetos contra a crise
econômica.
A Câmara é comandada pelo adversário Eduardo Cunha (PMDB-RJ), responsável por aplicar as maiores derrotas legislativas a ela
De
acordo com relato de deputados presentes ao encontro – foram ao
Alvorada vice-líderes das bancadas governistas–, Dilma está consciente
de que precisa de estabilidade política para enfrentar a crise
econômica.
Segundo
eles, a petista disse que, se pudesse, falaria com "deputado a
deputado" para explicar a real situação do país e a necessidade de que
não sejam aprovados projetos que representem ameaça aos cofres públicos.
E
teria feito uma previsão: a de que há crises que duram horas, as que
duram meses e as que duram anos. E essa "certamente não durará horas",
teria dito a presidente.
Ainda
segundo os deputados, ela explicou que vetou o reajuste dos servidores
do Judiciário porque o país não suporta gastos extras como esse. E
frisou que fará o que for preciso para manter a estabilidade das contas
públicas.
Segundo
o vice-líder do bloco governista José Rocha (PR-BA), Dilma acredita que
a situação no Senado está "mais ou menos equacionada", mas que na
Câmara ainda precisa ser resolvida. Mais uma vez, ela se colocou à
disposição dos parlamentares para conversas.
"O
que me chamou mais a atenção foi a disposição da presidente de
viabilizar a estabilidade política para enfrentar a crise econômica",
afirmou Orlando Silva (PC do B-SP).
"Foi
um encontro para discutir a pauta do país, a responsabilidade pública, e
para dizer que a 'pauta-bomba' é ruim para o Brasil", reforçou Silvio
Costa (PSC-PE).
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