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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Rompeu com quem não era aliado

Por Renata Bezerra de Melo
Da Coluna Folha Política
Ainda em janeiro, quando passou pelo Recife, em campanha pela presidência da Câmara Federal, o deputado federal Eduardo Cunha se vangloriava de ser o candidato capaz de manter independência em relação ao Governo Federal. “Que independência pode ter quem acabou de deixar a liderança do governo, nomeou o filho e era a favor dos conselhos populares?”, disparara contra o, então, adversário do PT, Arlindo Chinaglia. O peemedebista pregava a altivez da casa legislativa, afastando qualquer hipótese de submissão ao Executivo. Meses depois, em entrevista ao Diálogos da Globo News, classificara de “golpismo” e “ilegalidade” o debate sobre processo de impeachment da presidente Dilma. Na sexta, no entanto, Cunha cuidou de anunciar rompimento com o governo da petista. Para quem nunca fora aliado, um rompimento soa desnecessário. De quebra, Cunha tirou da gaveta um lote de pedidos de impeachment contra a presidente. Se era ilegalidade, ele assume o risco, mais um.

De uma vez só, Cunha disparou contra o juiz Sergio Moro, o Governo Federal, o procurador-geral da República e a PF. Para quem é investigado pela PF, foi uma aposta bem alta

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