247 – O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal
Luiz Edson Fachin reiterou nesta segunda-feria, 15, que o instrumento da
delação premiada é um indício do que deve ser investigado, mas não pode
ser tratado como prova única. Fachin toma posse nesta terça-feira, 16,
no STF.
"Eu entendo que ela [delação premiada] é um indício de prova, ou
seja, ela corresponde a um indício que colabora para a formação
probatória. Portanto, ela precisa ser seculada por outra prova idônea
pertinente e contundente, que são as características que num processo a
gente tipifica como uma prova para permitir o julgamento e apenhamento
de quem tenha cometido alguma infração criminal", disse o futuro
ministro do Supremo em conversa com jornalistas.
A delação premiada é o principal instrumento utilizado pelo juiz
Sérgio Moro e pelos procuradores do Ministério Público Federal para
obter provas contra os envolvidos nas denúncias de corrupção da
Petrobras, desencadeadas pela Operação Lava Jato. A investigação tem
mais de dez delações na Justiça do Paraná e quatro no STF, que investiga
os políticos suspeitos de ligação com desvios de recursos da estatal e
pagamento de propina.
Fachin tomará posse como novo ministro do STF no plenário da corte,
onde o magistrado assinará o termo de posse. Em seguida, o ele irá
receber cumprimentos no Salão Branco do Supremo. O nome de Fachin foi
aprovado pelo plenário do Senado por 57 votos a 22, em maio. Ele ocupará
a cadeira deixada por Joaquim Barbosa, que se aposentou no final de
julho do ano passado.
Em conversa com jornalistas nesse domingo, 14, em Curitiba, Luiz
Fachin já havia dado seu posicionamento sobre o uso da delação
premiada. No evento, Fachin afirmou que mesmo diante da “inércia
legislativa”, o juiz não pode tomar o lugar do legislador. Para ele, o
destaque que o Supremo vem ganhando na sociedade é reflexo do
crescimento do acesso aos direitos, intensificado com a promulgação da
Constituição Federal (leia mais).
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