Jânio de Freitas - Folha de S.Paulo
Na
condição de presidente da Fiesp, Paulo Skaf é beneficiário direto do
Imposto Sindical. Já por aí lhe falta outra condição, a moral, para
acusar as centrais trabalhistas de se oporem à terceirização por estarem
"preocupadas com a arrecadação sindical".
Paulo
Skaf foi mais longe como aproveitador dessa arrecadação. Valeu-se dela
ao utilizar a Fiesp para se promover e lançar-se candidato ao governo
paulista, nas eleições de 2014.
É simples: se a terceirização não fosse de conveniência das empresas, por que o empresariado a desejaria?
É
simples: se empresas demitem empregados e contratam, para
substituí-los, mão-de-obra fornecida por outras empresas, só pode ser
porque gastarão menos do que usando empregados seus; logo, a mão-de-obra
fornecida tem salários inferiores aos dos empregados demitidos, o que
resulta em perda no padrão geral de salários.
É simples: terceirização diminui a pouca distribuição de renda havida nos últimos anos e favorece ainda maior concentração.
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