As centrais sindicais prometem realizar, amanhã, novos atos para
marcar posição contra o projeto de lei que regulamenta o trabalho
terceirizado no País. Diante da aprovação do texto principal na semana
passada e com a votação das emendas nesta terça-feira, no plenário da
Câmara dos Deputados, os sindicalistas se juntarão aos movimentos
populares em pelo menos sete capitais, onde também promoverão
paralisações em todas as categorias filiadas à Central Única dos
Trabalhadores (CUT), CTB, NCST, Intersindical e CSP Conlutas.
Chamado de Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330/04, o
protesto deve contar com o apoio de movimentos como o MST e da UNE. As
entidades sindicais alegam que o projeto em discussão no Congresso
Nacional não melhora as condições de trabalho e renda dos já
terceirizados. Segundo os sindicatos, a proposta visa dar apenas
segurança jurídica para que os empresários precarizem as condições de
trabalho dos empregados.
Nas empresas, as centrais sindicais pretendem atrasar a entrada dos
funcionários. Serão realizadas assembleias nas portarias de fábricas,
portos, bancos, comércios e prestadores de serviços.
A agenda de mobilização prevê atos em São Paulo (em frente à sede da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, na Avenida Paulista,
com caminhada até o Largo da Batata), em Fortaleza (Praça do Carmo), no
Rio de Janeiro (na Candelária), em Curitiba (na Praça Santos Andrade),
em Teresina (na Praça Rio Branco) e em Porto Alegre (na Avenida Alberto
Bins).
Em Brasília, não há previsão de manifestação em frente ao gramado do
Congresso Nacional, onde na semana passada houve tumulto e feridos em
confronto com policiais. Os manifestantes farão um ato em frente à sede
da CUT no Distrito Federal e depois devem caminhar até a rodoviária.
Durante a aprovação do texto-base do projeto de lei, o PT ficou
isolado e só teve o apoio do PSOL e do PCdoB contra a proposta. Na
ocasião, os sindicalistas foram impedidos de acompanhar a votação nas
galerias.
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