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domingo, 22 de março de 2015

Camargo contesta acusação da Folha a Dirceu

247 - De novo, José Dirceu. Mais uma vez, o ex-ministro da Casa Civil é acusado de estar à frente de um grande esquema de corrupção. Neste domingo, na capa da Folha de S. Paulo, que o acusa de dissimular consultorias para receber, na realidade, parte das "propinas" da Petrobras, que seriam direcionadas ao Partido dos Trabalhadores.
A acusação foi feita em reportagem do jornalista Flávio Ferreira, publicada neste domingo (leia aqui). Segundo o texto, o dinheiro das consultorias de Dirceu prestadas a duas empresas, a UTC Engenharia e a Camargo Correia, sairia da "propina" destinada ao PT na diretoria de Serviços da Petrobras, à época ocupada por Renato Duque, atualmente preso em Curitiba. Ainda segundo a reportagem, a acusação de que a consultoria sairia da "propina" teria sido feita por Ricardo Pessoa, acionista da UTC, e executivos da Camargo que também estão presos.
No entanto, a Camargo Correia negou qualquer tipo de ilicitude. O advogado da construtora, Celso Vilardi, disse que a contratação dos serviços de consultoria oferecidos pelo ex-ministro não envolveu nenhum tipo de constrangimento para a empreiteira. Dirceu também soltou uma nota. "A JD Assessoria e Consultoria não se pronuncia sobre supostas ilações que estão fora dos autos do processo, portanto sem qualquer fundamentação legal, e que visam tão somente tentar criminalizar a licitude da prestação de serviços da empresa", diz o texto. Ele afirmou ainda que os serviços prestados não têm relação com a Petrobras.
Até agora, empresas que contrataram Dirceu, como Ambev, Consilux, Engevix e até mesmo o grupo ABC, do publicitário Nizan Guanaes, confirmaram a realização dos serviços de consultoria – em geral, na América Latina.

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