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sábado, 17 de janeiro de 2015

Abastecimento: 22 municípios da região do Pajeú e Agreste começam a sofrer com falta d’água

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Do Jornal do Commercio, deste sábado (17)
Em meio ao quadro de colapso no abastecimento em que se encontra o Sertão de Pernambuco, 22 municípios da região do Pajeú e Agreste começam a sofrer, também, com o não recebimento de água por carros-pipa.
Segundo o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) e prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, a distribuição – garantida por meio de convênio da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe) com o Ministério da Integração Nacional – ainda não chegou este ano. Para piorar a situação, a previsão é de que vai chover abaixo da média histórica de 380 milímetros na região, nos próximos três meses.
“O quadro é muito grave. Estamos entrando no quarto ano consecutivo de seca e quase não há estoque de água. Com a suspensão dos carros-pipa que abastecem a zona rural, a população está enlouquecida, vou procurar o Ministério da Integração”, afirma o prefeito.
A assessoria da Codecipe nega que o abastecimento tenha sido suspenso, admitindo que vem pleiteando mais recursos junto ao governo federal para garantir a continuidade do serviço.
Em nota encaminhada pelo órgão à Rádio Pajeú, no dia 9 passado (diante de denúncias de desabastecimento), a Codecipe diz que o serviço de distribuição de água em 22 municípios em situação de emergência foi mantido entre setembro de 2013 e o ano de 2014, por meio de 116 carros-pipa, com recursos de R$ 10 milhões da União, “exauridos em sua totalidade”. Conforme a nota, existem 5.101 cisternas cadastradas, beneficiando 83.437 pessoas.
A nota cita ainda “que o mês de janeiro marca o início da quadra chuvosa na região”. Mas as perspectivas não são boas. A previsão divulgada ontem pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) é de que as chuvas ocorrerão, mas não de forma contínua, nem em quantidade.
“Não deverá chover o suficiente para reverter a situação de colapso da região”, declara o gerente de meteorologia e mudanças climáticas da Apac, Patrice Oliveira, após avaliação feita com centros de estudo do Nordeste, por videoconferência, ontem à tarde.

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