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terça-feira, 4 de novembro de 2014

Dilma e Lula têm primeiro encontro pós-eleição

247 -A presidente Dilma Rousseff chamou nesta terça-feira (4) o ex-presidente Lula para a primeira reunião de trabalho sobre o futuro governo da petista. A reunião, que começou no meio da tarde na Granja do Torto, contou com a participação do ministro Aloizio Mercadante (Casa Civil) e sinaliza que Lula terá maior participação nos rumos do segundo mandato de Dilma.
De acordo com a Folha, Dilma e Lula analisaram ações para acalmar a base aliada no Congresso e iniciativas para reverter o quadro negativo da economia, inclusive a escolha do futuro ministro da Fazenda. Interlocutores de Dilma e de Lula disseram que uma das prioridades do início do segundo governo da petista é montar uma base aliada confiável, já que a presidente terá de aprovar medidas importantes no Congresso para conter o rombo das contas públicas.
O ex-presidente Lula está preocupado também com a definição do substituto de Guido Mantega na Fazenda. Em sua avaliação, Dilma deveria definir o nome o mais rápido possível para sinalizar ao mercado mudanças de rota na política econômica. Um interlocutor de Lula disse à reportagem que ele não vai indicar um nome para Dilma, mas fará sugestões à presidente. A escolha é dela, tem dito o ex-presidente, que não esconde sua preferência pelo ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.
Além de Meirelles, contam com a simpatia e apoio de Lula o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda Nelson Barbosa, que trabalhou no governo Dilma, e o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco. Ele, porém, já disse a amigos que não pretende deixar o banco.
Na política, Dilma e Lula consideram vital unir o PMDB em torno do governo para garantir número suficiente no Congresso para aprovar as medidas do Palácio do Planalto. Para isso, Lula se reuniu um dia antes, na segunda-feira (3), com o vice-presidente Michel Temer.
Uma das missões de Dilma, na avaliação de Lula, é tentar evitar a eleição do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a presidência da Câmara no próximo ano. Para isso, precisa primeiro acertar o papel e o espaço do PMDB em seu segundo mandato.

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