247 – As Organizações Globo montaram "uma
intrincada engenharia", que envolveu o uso de onze empresas abertas em
paraísos fiscais, para sonegar impostos a ser recolhidos em razão da
compra dos direitos da transmissão exclusiva da Copa do Mundo de 2002. A
empresa de João Roberto Marinho e seus dois irmãos procurou "disfarçar"
essa aquisição em investimentos em participações acionárias em
companhias no exterior. A conclusão está no Termo de Verificação e de
Constatação Fiscal, datado de 25 de julho de 2006 e assinado pelo
auditor Alberto Sodré Zile. O documento da Receita Federal foi obtido
com exclusividade pelo site O Cafezinho, do jornalista Miguel do
Rosário, e divulgado nesta quarta-feira 16.
Ao final do Termo, de 29 páginas, o auditor da Receita conclui que
foram sonegados impostos a partir de uma base de cálculo de R$ 732,5
milhões. Os Darfs e multas correspondentes a nove operações, feitas
entre maio e junho de 2002, correspondem a R$ 358 milhões. O funcionário
da Receita apurou que a Globo usou nada menos que 11 empresas em
paraísos fiscais no exterior para "disfarçar" a compra dos direitos da
transmissão da Copa em participações em companhias estrangeiras. A
operação foi qualificada como "de intrincada engenharia" pelo auditor.
O documento obtido pelo Cafezinho fala por si só. A maior dúvida é
sobre se essa notícia vai sair no Jornal Nacional. Alguma chance?
Abaixo, link para a notícia de O Cafezinho:
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