Em seu discurso durante a convenção nacional do PT, que lança a
candidatura da presidente Dilma Rousseff (PT) à reeleição neste sábado
(21), em Brasília, o ex-presidente Lula (PT) minimizou eventuais
divergências entre ele e a presidente Dilma Rousseff (PT). O ex-gestor
dirimiu especulações de que teria se afastado dela durante seu primeiro
mandato, o que teria provocado um movimento interno pelo “Volta, Lula”.
As informações são da Folha de S. Paulo.
“Está chegando o momento em que a gente vai provar mais uma coisa
neste País. A gente vai provar que é possível uma presidenta e um
ex-presidente terminarem o seu mandato sem que haja nenhum atrito entre
os dois, numa demonstração de que é plenamente possível um criador e a
criatura viverem juntos em harmonia”, disse.
E continuou: “Logo no primeiro mês da posse dela, foi quando eu
disse: nunca haverá divergência entre eu e a Dilma. E, quando tiver
divergência, ela sempre termina, porque ela estará certa e eu errado”.
Para Lula, a eleição deste ano será “sui generis”. “Será a eleição em
que uma companheira que governa o País, que defende um projeto que (…)
não começou comigo, que começou com gente que morreu pensando em fazer
isso, projeto que custeou a vida de pessoas muito importantes”, disse.
Segundo Lula, o País sempre foi governado por “doutores, engenheiros,
intelectuais”. Ele fez uma referência ao ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, “que eu não vou citar o nome dele porque ele vai
pensar que estou falando dele”, e questionou: “Por que essa gente não
resolveu o atraso da educação brasileira?”. E continuou: “Porque na
cabeça deles esse País deveria ser governado para apenas 1/3 da
população”.
O ex-presidente ainda disse que “nós somos aqueles que querem que os
empresários continuem ganhando dinheiro. Que querem uma classe média
menos penalizada com tributos. No nosso governo, as pessoas mais pobres
serão tratadas como tratamos o filho da gente quando ele está
debilitado”
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