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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Termina a maior greve da história de Caruaru

Mais de 30 mil alunos voltam às aulas a partir da próxima segunda

Da Folha de Pernambuco
Após 82 dias em greve, os professores da rede municipal de ensino decidiram encerrar o movimento, nesta sexta-feira (16). A paralisação foi a maior registrada na história da cidade e foi encerrada após a decisão do Tribunal de Justiça de Pernambuco, que considerou a greve ilegal. Com a decisão, mais de 30 mil alunos voltam às aulas a partir da próxima segunda-feira (19), nas mais de 120 escolas espalhadas nas zonas urbana e rural da cidade.
Mesmo com o fim da greve o clima entre prefeitura e docentes segue tenso. Por meio de nota a prefeitura garantiu aos professores a retomada da mesa de negociação, o direito dos trabalhadores, a devolução dos salários descontados dos docentes ao longo da greve e assegurou aos alunos a reposição das aulas. O entrave está justamente no calendário.
Os docentes não aceitam a imposição de datas e querem debater a situação, como explicou o presidente da Associação dos Trabalhadores em Educação, Fred Santiago. “Os professores não aceitarão, em hipótese alguma, um calendário de reposição das aulas imposto autoritariamente pela Secretaria de Educação. O mesmo deverá ser construído coletivamente, inclusive com a participação do Ministério Público”, disse.
Mesmo com novos embates a vista, o fim da greve foi recebido com certo alívio por alguns líderes do movimento. O presidente do Sismuc, Eduardo Mendonça, disse que a situação chegou ao limite e o melhor caminho foi a decisão tomada na assembleia. “Essa greve chegou aonde podia ter chegado. Temos na cabeça um peso da decisão da judicial. A categoria decidiu terminar com a paralisação, mas acabou apenas a greve, não a luta”. Ele explicou ainda que vai tentar uma reunião com secretário de administração, Antônio Ademildo, para assegurar que a prefeitura apresente um documento se comprometendo que não vai haver perseguição de nenhum professor.
O secretário Antônio Ademildo falou em nome da prefeitura e disse que vai tentar recuperar o tempo perdido. “A prefeitura agradece aos professores que voltaram às atividades normais e que, assim, colocaram, acima de tudo, o interesse dos alunos da rede municipal que dependem da educação para construir um futuro melhor”, disse. Os professores ainda lutam na justiça para reformular o PCC da categoria e o pagamento do reajuste de 8,23% no piso salarial.

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