Segundo Inaldo Sampaio informa na sua coluna, não foi apenas em Pernambuco que líderes de greve de policiais
enveredaram pela política. Em Minas, após a célebre greve de 1997, o
cabo Júlio César Gomes elegeu-se deputado federal, e na Bahia, em 2012, o
bombeiro Marco Prisco elegeu-se vereador na capital pelo PSDB. Já na
Paraíba, o deputado federal Major Fábio (PROS) mantém cativo o seu
eleitorado na PM ao defender a aprovação da PEC-300, que fixa um piso
salarial nacional para os militares.
O mal desses movimentos é o saldo negativo que produzem: a quebra da
hierarquia e da disciplina, pilares em que se assentam as instituições
militares, e sua politização. O deputado (e ex-capitão) Alberto Feitosa
foi produto da greve de 97 e o ex-deputado Soldado Moisés da greve de
2000, donde se conclui que o soldado Joel Maurino, líder da greve atual,
pode ser o Moisés de 2014.
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